31 de out. de 2010

Veja últimos números do Ibope e Datafolha na disputa para presidente da República






As últimas pesquisas dos Institutos Ibope e Datafolha indicam a vitória da candidata do PT, Dilma Roussef, nas eleições deste domingo (31.10). No Ibope, ela tem 11 pontos percentuais de vantagem sobre José Serra, do PSDB, contados apenas os votos válidos. No Datafolha, a vantagem de Dilma é de dez pontos.
De acordo com o Ibope, Dilma tem 56% dos votos, descontados os brancos e nulos, enquanto Serra tem 44%. Contados os votos totais, Dilma tem 52% e Serra 40%. O número de registro da pesquisa no TSE é 37.917/2010. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A pesquisa Datafolha mostra Dilma com 55% dos votos válidos, e Serra com 45%. Contados todos os votos, Dilma tem 51% e Serra 41%. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 37.903/2010. O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pelo jornal Folha de São Paulo. A margem de erro do Datafolha é também de dois pontos percentuais.

Ibope aponta vitória de Ricardo Coutinho com 4% de diferença sobre José Maranhão




A segunda rodada da pesquisa Ibope do segundo turno das eleições para governador da Paraíba aponta um empate técnico entre José Maranhão (PMDB) e Ricardo Coutinho (PSB) na disputa pelo cargo. Na última pesquisa antes dos eleitores irem às urnas, o instituto apurou que 52% de seus entrevistados na Paraíba pretendem votar em Ricardo, enquanto 48% planeja votar em Maranhão.
O empate técnico ocorre devido à margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O grau de confiança da pesquisa de intenção de votos é de 95%.
VOTOS VÁLIDOS
Candidato
Ricardo Coutinho (PSB) - 52%
José Maranhão (PMDB) - 48%
TOTAL 100%
Divulgada no dia 15 de outubro, a primeira pesquisa Ibope do segundo turno na Paraíba apontava para uma vitória do socialista por 12 pontos de diferença. Ricardo tinha 52%, enquanto seu adversário, Maranhão (PMDB), somava 40%.
Para facilitar a comparação com os resultados oficiais que serão divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral, o Ibope divulga os números relativos aos votos válidos. O percentual de votos válidos de cada candidato corresponde à proporção de votos do candidato sobre o total de votos, excluídos os votos brancos, nulos e indecisos.
Um candidato a governador é eleito no 2º turno se obtiver 50% mais um dos votos válidos na apuração oficial.
Votos totais
No levantamento de votos totais, que incluem os brancos, nulos e o percentual de eleitores que ainda estão indecisos, Ricardo aparece com 49% das intenções, quatro pontos à frente de Maranhão, que teria 45% dos votos. Os brancos, nulos e indecisos somam 6%.
No primeiro turno, Ricardo Coutinho teve 942.121 mil votos (49,7% dos votos válidos) e Maranhão somou 933.754 votos (49,3%).
A última rodada de pesquisa Ibope contratada pela TV Cabo Branco foi realizada entre os dias 29 e 30 de outubro de 2010. Foram entrevistados 1.204 eleitores em 58 municípios da Paraíba. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba sob o número 39284/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo nº 37873/2010.

Eduardo Campos vota acompanhado da esposa e do caçula e conversa com eleitores





O Governador Eduardo Campos acaba de votar no Colégio Silvia Jardim, em Apipucos. Campos, que foi acompanhado da primeira dama Renata e o senador Humberto Costa, conversa com eleitores. “Tive a oportunidade de fazer um belo governo com o apoio de Lula, Dilma irá assumir esse compromisso”, assegura o Governador. Após sua votação, ele acompanhará sua esposa na Faculdade Marista e às 14h seguirá para apuração dos votos em Brasília.

Dilma vota em Porto Alegre aos gritos de "presidente"





A candidata Dilma Rousseff (PT) votou neste domingo em Porto Alegre, onde foi recebida por centenas de pessoas que a aclamaram aos gritos de "presidente". A candidata governista votou uma hora depois da abertura dos colégios eleitorais da capital do Rio Grande do Sul, onde tem seu domicílio eleitoral, e posou para os fotógrafos fazendo o "V" da vitória.

Dilma votou acompanhada de Tarso Genro, governador eleito do Rio Grande do Sul, estado que o PT voltará a governar após 16 anos. "A partir de amanhã começa uma nova etapa da democracia. É exigido que as pessoas que assumam a direção (do país) tenham um sentido republicano e compromisso democrático para governar para todos", disse a candidata aos jornalistas.

A petista afirmou também que, se for eleita, governará "com todos os partidos que integraram a coalizão eleitoral (dez, no total)". Depois de votar, Dilma viajou para Brasília, onde acompanhará o desenvolvimento da apuração junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada. Segundo as pesquisas, a petista é a favorita para vencer o pleito, com cerca de 10% de vantagem sobre o tucano Serra, o que a tornaria a primeira mulher a governar o Brasil. Com informações do Terra.

Eduardo responde declarações de Serra





O governador reeleito Eduardo Campos comentou as declarações do candidato do PSDB a presidência José Serra que disse que Eduardo “Do fundo da alma, sabe que ele (Serra) seria melhor (para assumir a presidência da República) do que a Dilma”
Em entrevista a jornalistas da capital e do inteior depois do seminário do Pré-Sal realizado esta semana no auditório da FIEPE em Recife, o governador disse que tem grande respeito pela biografia do Serra. “Ele é um grande brasileiro que merece respeito e consideração. Ele só não tem o meu voto nem o meu apoio político porque eu acho que o melhor para o Brasil é Dilma.Hoje ela representa um conjunto de forças que tem mais identidade com o povo brasileiro, com um projeto de nação”.

Lula e senador de São Paulo trocam farpas





A eleição ainda está na metade, e farpas já foram trocadas. O presidente Lula (PT) votou em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e afirmou que o candidato José Serra (PSDB) saia "menor" dessa eleição. A resposta foi dada pelo aliado do tucano, o senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes (PSDB). "Quem sai menor dessa campanha é Lula. Ele contrariou todas as regras do decoro presidencial e não respeitou as regras eleitorais", bradou. Aloysio criticou as pesquisas divulgadas, todas favoráveis à candidata Dilma Rousseff (PT). "As pesquisas não captaram o movimento dos eleitores".

Justiça Eleitoral troca 688 urnas eletrônicas no país





O Tribunal Superior Eleitoral {TSE) registrou a substituição de 0,1% das urnas eletrônicas até as 10h30 deste domingo. Das 400.001 urnas de todo o País, 688 foram trocadas. O Distrito Federal apresentou o maior índice de substituição entre os Estados, com 0,8% do total. O Rio de Janeiro foi o segundo maior, com 0,4% de trocas, e Santa Catarina teve 0,3%. No entanto, não há registro de seções eleitorais utilizando votação manual, por cédulas.

Os dados foram divulgados pelo secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino. A Justiça Eleitoral considerou o índice de troca "dentro do normal previsto".

Presidente do TSE diz crer que novo presidente será conhecido até as 22h






Ricardo Lewandowski afirmou que o país está 'tranquilo' para a eleição.
Tropas federais foram requisitadas em 150 municípios do país.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, disse neste sábado (30) acreditar que será possível conhecer antes das 22h de domingo (31) o novo presidente do Brasil.
Lewandowski afirmou que o país está "tranquilo" para a eleição e destacou que tropas federais foram requisitadas por 150 municípios para garantir a realização do pleito dentro da normalidade.
A equipe de tecnologia do tribunal foi quem estimou o horário de 22h, mas o presidente acredita que o resultado sairá antes.
“É claro que o nosso pessoal da Tecnologia da Informação trabalha com margem de segurança, mas acredito que teremos resultados mais definidos um pouco antes”, declarou.
Neste segundo turno, devido ao horário de verão e à diferença de fuso horário entre estados do Brasil o TSE só vai começar a divulgar resultados a partir das 19h.
Lewandowski, porém, não quis garantir se a totalização dos votos acontecerá ainda no domingo. “Nós esperamos que sim, mas não queremos dar um momento em que isto ocorrerá porque podem existir intercorrências. Mas esperamos que a apuração seja mais rápida do que no primeiro turno”. No primeiro turno, a totalização só aconteceu na noite do dia 4, um dia depois da eleição.

Tire suas dúvidas sobre o 2º turno
O presidente do TSE afirmou que não espera problemas nas eleições. “O país está muito tranquilo. Estamos muito otimistas de que vamos ter eleições sem maiores problemas”.
Tropas federais
Lewandowski destacou que foi pedido reforço de tropas federais por 150 municípios. Ele afirmou que na Paraíba houve pedidos devido a uma greve de policiais civis.
Sobre o Pará, estado em que mais houve requerimentos para tropas federais, o presidente do TSE atribuiu o fato ao tamanho do estado e à dificuldade das forças de segurança locais de atender a todos os municípios.
Sobre a possibilidade de uma maior abstenção devido ao feriado prolongado, o presidente do TSE disse esperar que o eleitor cumpra seu compromisso.
“É claro que nós esperamos sempre um comparecimento maciço. Entendemos que votar não é um dever burocrático, mas uma obrigação com a democracia.”

PF prende mesária acusada de boca de urna em seção no Sertão

Uma mesária foi conduzida à sede da delegacia da Polícia Federal em Patos para prestar depoimento depois de ter sido acusada de fazer boca de urna dentro da seção 65, que funciona na Escola Monsenhor Vieira, na 65ª zona eleitoral da cidade.
A juíza Ana Hilário determinou a prisão da mesária, que já foi substituída. Ela foi denunciada pelo eleitor Emerson Paulo, que identificou o crime eleitoral no momento em que votava. Outras acusações estão sendo apuradas pela Polícia Federal na manhã deste domingo (31) na cidade.

O ex-vereador de Patos, Juraci Dantas foi ouvido e em seguida liberado, ele foi pego com material de campanha no carro dele. Um homem identificado até agora por “Gonçalo” também teve o carro apreendido. O veículo continha informes publicitários e estava caracterizado com adesivos de um candidato.
Reforço

Por causa do envio de agentes para cidades do interior, a Polícia Federal do Estado recebeu na manhã de ontem reforços de policiais do Recife. O delegado Derly Brasileiro não divulgou a quantidade, mas disse que o objetivo “é trazer tranquilidade para os eleitores”.

Coordenador do PSB ignora vantagem e diz que Ibope será desmoralizado





O coordenador da campanha do candidato Ricardo Coutinho ao Governo da Paraíba, Nonato Bandeira, reagiu aos números da última pesquisa do Ibope divulgados agora a pouco pela TV Cabo Branco, onde o socialista aparece com quatro pontos à frente do candidato José Maranhão. Ricardo tem 52 por cento dos votos válidos contra 48 do peemedebista, segundo o instituto.
“O Ibope continua brincando com a paciência dos paraibanos. Parece que os exemplos do primeiro turno e de quase todas as eleições anteriores não foram suficientes para esse instituto entender que não se pode manipular a verdade e divulgar números absolutamente falsos sobre uma eleição, como está sendo feito novamente na Paraíba”, contestou Bandeira, lembrando que o Ibope chegou a colocar Maranhão 22 pontos à frente de Ricardo Coutinho no primeiro turno.
Segundo o coordenador da campanha de Ricardo Coutinho, todas as pesquisas internas feitas pela coligação “Uma Nova Paraíba” dão uma vantagem acima de 10 pontos percentuais, incluindo o tracking diário encomendado pelo PSB, que aponta uma vantagem de Ricardo Coutinho superior a 150 mil votos sobre Maranhão.
“O que estranhamos é como um instituto que não tem a menor credibilidade na Paraíba, devido ao seu acúmulo de erros grosseiros, e que também deturpou números em várias partes do país no primeiro turno, não sofre nenhuma punição da Justiça Eleitoral e o que é ainda pior: consegue que alguém contrate seus serviços e divulgue o resultado como se fosse a verdade dos fatos, bem diferente do que vemos nas ruas que clamam por um desejo de mudança em todas as regiões do Estado”, afirmou Nonato Bandeira.

Dilma está 'animadíssima', diz Temer ao votar em SP






O candidato a vice na chapa da presidenciável Dilma Rousseff, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou neste domingo que a petista está "animadíssima" com a perspectiva de vitória.
Ele disse ter conversado com ela no sábado. Temer também se declarou otimista, mas disse que é preciso esperar o fechamento das urnas para comemorar a eventual vitória.
"As pesquisas indicam positivamente, mas nós estamos tomando toda a cautela. Vamos esperar às 17h para fechar as urnas e, depois, se for o caso, comemorar."
Temer disse acreditar que a abstenção pelo feriado prolongado de Finados prejudicará igualmente as duas candidaturas. "Pelas avaliações que foram feitas, perde-se voto na nossa chapa e na outra [de José Serra, do PSDB]. Haverá igualdade de perda."
Ao entrar em sua zona eleitoral, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), em São Paulo, o vice de Dilma disse sentir "relativa emoção".
"É uma certa emoção, né? O PMDB entrou nessa história para tentar vencer as eleições, então é com relativa emoção, com grande emoção, que nós vamos para a urna agora."
Temer votou acompanhado de seguranças e assessores. Ele foi reconhecido por poucos eleitores, e só chamou a atenção ao ser cercado por cinegrafistas e jornalistas, já dentro da faculdade.
Ele embarca às 14h para Brasília, onde acompanha a apuração ao lado de Dilma.

Ricardo Coutinho vê vitória como mudança, Zé Maranhão vê virada

Maranhão aposta na virada e Ricardo vê vitória como mudança

Os dois candidatos que disputam a vaga de Governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB) e José Maranhão (PMDB), votaram pela manhã deste domingo (31) em João Pessoa. Ambos estão confiantes que vão vencer neste segundo turno. Maranhão votou no Altiplano e Ricardo em Manaíra.
O discurso de Ricardo é de que acredita na mudança e no povo. Para ele “a Paraíba não aceita mais a velha política. A manifestação nas ruas é um prenúncio da nossa vitória”. O candidato também falou que a campanha do adversário é marcada pela arbitrariedade com abuso do poder econômico, disse que isso é absurdo e que o povo não suporta mais isso.
Já o candidato a reeleição, Maranhão, caracterizou a vitória do socialista no 1º turno como um 'episódio transitório'. Ele destacou que é 'testado e vivido na vida política, “a campanha foi disputada e teve alguns acidentes, normais na campanha, mas nos vamos virar, e é mais satisfatória a vitória no 2º turno do que no primeiro e nós vamos reverter esse quadro”.

Os dois candidatos que disputam a vaga de Governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB) e José Maranhão (PMDB), votaram pela manhã deste domingo (31) em João Pessoa. Ambos estão confiantes que vão vencer neste segundo turno. Maranhão votou no Altiplano e Ricardo em Manaíra.
O discurso de Ricardo é de que acredita na mudança e no povo. Para ele “a Paraíba não aceita mais a velha política. A manifestação nas ruas é um prenúncio da nossa vitória”. O candidato também falou que a campanha do adversário é marcada pela arbitrariedade com abuso do poder econômico, disse que isso é absurdo e que o povo não suporta mais isso.
Já o candidato a reeleição, Maranhão, caracterizou a vitória do socialista no 1º turno como um 'episódio transitório'. Ele destacou que é 'testado e vivido na vida política, “a campanha foi disputada e teve alguns acidentes, normais na campanha, mas nos vamos virar, e é mais satisfatória a vitória no 2º turno do que no primeiro e nós vamos reverter esse quadro”.

Cantor Roberto Carlos vota em clube do Rio de Janeiro






Roberto Carlos votou no clube círculo militar, na Urca

o cantor Roberto Carlos votou na manhã deste domingo no clube círculo militar, na Urca, no rio de janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país.
o estado reelegeu o governador Sérgio Cabral no primeiro turno, com 66,08% dos votos e passa apenas pela votação para presidente neste domingo.

Candidato derrotado no primeiro turno, Plínio anula voto para presidente





Derrotado no primeiro turno nas eleições presidenciais, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) anulou seu voto na manhã deste domingo. Plínio votou no Colégio Santa Cruz, mesmo local onde vota o candidato José Serra (PSDB).
O socialista, que teve menos de 1 milhão de votos no primeiro turno, digitou 50, o número do PSOL, na urna.
"Sou contra o regime, não sou contra nenhum dos candidatos aí", disse Plínio.
Segundo ele, independentemente do vitorioso nas urnas neste domingo, o próximo governo será um "desastre". "Tem diferenças entre os dois, mas as diferenças não são benéficas para o povo. Os dois são ruins", afirmou.
Segundo Plínio, Serra "reprime mais" e Dilma "representa um sistema que coopta".

Derrotado no 1º turno nas eleições presidenciais, Plínio de Arruda Sampaio diz ter anulado voto neste 2º turno.

26 de out. de 2010

Datafolha - Válidos: Dilma 56%; Serra 44%. Votos totais: 50% a 40%


A pesquisa do Datafolha divulgada na madrugada desta sexta-feira, 22, aponta a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, com 56% das intenções de voto e está com 12 pontos de vantagem sobre José Serra, do PSDB, que está com 44%, informa O Estado de S.Paulo.
Na pesquisa do dia 3, a simulação feita na ultima pesquisa apontava a candidata petista com 57% e o tucano com 43%. Os dois candidatos oscilaram na margem de erro em relação a última pesquisa realizada pelo instituto: Dilma seguia com 54% e subiu para 56%, e Serra que tinha 46%, passou a ter 44%. Na soma dos votos totais, Dilma Rousseff tem 50% (47% no último levantamento). José Serra tem 40% (antes tinha 41%). Em relação aos votos em branco, nulo ou nenhum, são 4%. Os eleitores indecisos somam 6%.
Fator Marina: Dilma sobe oito pontos; Serra perde cinco pontos
O levantamento mostrou que os eleitores de Marina Silva (PV) mostraram preferência a Dilma Rousseff. A candidata do PT teve crescimento de oito pontos e de 23% subiu para 31%. Porém, apesar de Serra ter a preferência dos eleitores, ele teve uma queda de cinco pontos, passando de 51% para 46%.
O instituto ainda apontou que 88% dos brasileiros já estão decididos em quem vão votar no 2º turno e 10% poderiam mudar o voto.
Os dados dos eleitores por sexo mostram que Dilma tem a preferência dos eleitores homens, com 55%, contra 38% de Serra. Já entre as mulheres a disputa esta mais apertada, 45% votarão em Dilma e 41% vão votar em Serra.

João Paulo reúne prefeitos do pajeú em campanha pró- Dilma em Tuparetama





João Paulo e lideranças governistas da região em campanha pró Dilma
Nesta segunda-feira (25), o coordenador da campanha Dilma em Pernambuco, João Paulo(PT),acompanhado do deputado federal Danilo CABRAL(psb) e Ângelo Ferreira(PSB)estadual, participaram de uma caminhada em Tuparetama. JAMPA foi recebido pelo prefeito do município, Sávio Torres(PTB), o vice, Romero Perazzo, vereadores, lideranças e prefeitos da Região como Adelmo Moura(PSB), José Vanderlei(PSB), Luciano Torres(PSB),Anchieta Patriota(PSB),Evandro Valadares(PSB), para um café da manhã.
Em seguida, , houve uma caminhada pelo centro da cidade, saindo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e realizou comício relâmpago no patio da feira. Também estiveram presentes os deputados Angelo Ferreira (estadual) e Danilo Cabral (Federal). Danilo lembrou as ações na região, com as escolas tecnicas em Sertânia,Carnaiba e em São José do Egito a ser construida.
João Paulo frisou obras como a transposição e a Transnordestina."Não podemos deixar esse legado de Lula nas mãos do retrocesso e das privatizações do PSDB. Dilma é a continuidade, e Pernambuco precisa desse desenvolvimento com Dilma e Eduardo" disse.
Foto: Marcello Patriota

TSE vai investigar eleitores ‘mortos’





O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Aldir Passarinho Junior, determinou nesta sexta-feira a abertura de um procedimento administrativo para investigar as causas pelas quais os títulos de eleitor de uma série de pessoas que já morreram continuam ativos.
A medida foi motivada por reportagem publicada na quinta-feira pelo Estado de Minas, mostrando que entre os 24,6 milhões de eleitores que deixaram de votar em 3 de outubro – de acordo com a lista de abstenção do TSE – estão personalidades mortas há anos.
Entre os falecidos localizados pela reportagem estão o diplomata Sérgio Vieira de Melo, a médica Zilda Arns, o escritor Fernando Sabino, a atriz Leila Lopes, o ex-presidente do PMDB de Minas Gerais Fernando Diniz e o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Hélio Guaglia Barbosa, entre outros. Na prática, a irregularidade abre brechas para que os eleitores vivos utilizem o cadastro de mortos para votar.
Em nota divulgada à imprensa, o TSE informa que vai apurar as supostas inconsistências verificadas no cancelamento de Títulos de Eleitor. De acordo com o corregedor, “embora existam mecanismos eficazes de depuração do cadastro nacional de eleitores, pode haver falhas pontuais”.
“O procedimento administrativo foi motivado por reportagem do jornal Correio Braziliense, que citou exemplos de pessoas que morreram nos últimos sete anos, mas que continuam cadastradas na Justiça Eleitoral”, destaca a nota.

Eduardo Campos: um anti-Lula e tanto




Há sempre algum exagero nas previsões catastróficas feitas a partir de campanhas eleitorais acirradas. Governos têm meios de buscar um alto grau de consenso, especialmente nos períodos de bonança econômica. E passada a eleição, prevalece no primeiro momento a tendência centrípeta. Potencializada pelo instinto de sobrevivência.
Mas é razoável também tentar compreender os elos entre o ambiente construído ao longo da campanha e as circunstâncias que acabam se impondo depois. Quando colocou Miriam Cordeiro no programa eleitoral, Fernando Collor, de algum modo, ajudou a traçar o destino que teria na Presidência. E, segundo a mesma lógica, o perfil “Lula paz e amor” capitalizou o atual presidente um tanto que lhe deu fôlego de sobra para gastar nos maus momentos dos oito anos.

Lula apela para que adversários não façam jogo sujo e pede prudência a militantes






A uma semana das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse este sábado que a disputa eleitoral deve se dar de forma democrática e não com ataques e jogo sujo por parte de adversários. Lula fez o apelo, em um discurso, durante o comício da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no centro de Carapicuíba, município a oeste da região metropolitana de São Paulo.
O presidente lembrou que – apesar de ter perdido as eleições nas campanhas presidenciais de 1989, 1994 e 1998 – não reagiu de forma violenta, nem com ataques pessoais.
Lula criticou os confrontos envolvendo simpatizantes do PT e PSDB, como o ocorrido na última quarta-feira (20) no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, foi atingido na cabeça duas vezes – com uma bolinha de papel e um objeto semelhante a um rolo de fita adesiva.
Segundo a Agência Brasil, o presidente ressaltou que o embate entre os adversários deve ser levado na disputa pelo voto e não com agressões.

Gonzaga: “Se Fernando quiser, ele pode mudar de partido”






Repetindo a declaração que deu em entrevista ao Jornal Folha do São Francisco, o deputado federal reeleito Gonzaga patriota – majoritário em Petrolina, disse mais uma vez, em entrevista a jornalistas no último sábado (23), que “Se Fernando (Bezerra Coelho) quiser (a prefeitura de Petrolina), ele pode mudar de partido”.
As declarações do socialista movimentam a cena política local em vista de 2012. Na mesma entrevista, Gonzaga disse que poderia iniciar uma conversa com o deputado estadual eleito, Odacy Amorim, caso ele se desligue do grupo de Fernando Bezerra Coelho – FBC. “Posso pensar em fazer um acordo com ele para as próximas eleições, caso ele se desligue do grupo de Fernando Bezerra Coelho. De outra forma, não há conversa”.
Essa abertura feita por Gonzaga pode trazer a tona a situação que vive a relação entre Odacy e Fernando. Mesmo, ainda, fazendo parte do grupo de FBC, rumores nos bastidores políticos dão conta de um racha entre eles. Outra situação que pôde ter delineado o ‘cisma’ entre Odacy e FBC oi o ingresso de Ciro Coelho no PSB, ação política liderada pessoalmente por Bezerra. Em entrevista a imprensa local há poucos meses, Odacy afirmou que sua candidatura a Assembleia foi uma ‘ sobrevivência política’, motivada, justamente pela entrada de Ciro em seu partido.
Com informações da GRFM

PMDB na berlinda Petista






Nesta reta final de campanha, o presidente Lula decidiu enquadrar os aliados que estariam fazendo corpo mole. Há desconforto no comando da campanha da petista Dilma Rousseff com a falta de empenho de alguns partidos governistas, especialmente o PMDB do candidato a vice, deputado Michel Temer (SP).
Em reunião reservada, chegou-se à conclusão de que os peemedebistas estão sem fazer campanha em pelo menos cinco estados considerados estratégicos: São Paulo, Minas Gerais, Bahia e até Rio Grande do Sul, onde o partido declarou apoio formal ao candidato tucano, José Serra.
Com o crescimento de Dilma nas pesquisas , a ordem foi de endurecer nas cobranças. No caso de Minas, Bahia e Pará, o PT identificou as mágoas do primeiro turno que distanciaram de Dilma candidatos majoritários, como o senador Hélio Costa (PMDB-MG) e os deputados Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA).

Prefeito do PSB de Brejinho duvida que a oposição peça votos pra Dilma





O prefeito de Brejinho José Vanderlei da Silva (PSB), também entrou "de cabeça" na campanha de Dilma, colocou carros de som no município e fez uma reunião com todo o secretariado e cargos comissionados pedindo empenho para a eleição da petista. "O governador Eduardo Campos esta precisando da gente, e vamos trabalhar, pedir votos e dar uma vitória ainda maior a Dilma, pois a vitória depende de nós do Nordeste."

José Vanderlei : Pedindo apoio da equipe
Vanderlei criticou a oposição : "no primeiro turno inventaram que votavam em Eduardo e Dilma. Eles nem tiraram os adesivos de Jarbas e Serra", garante.Os deputados Ângelo Ferreira e Ana Arraes tiveram quase três mil votos cada.
Fonte: MP

Mais de 135 mi devem ir às urnas no 2º turno das eleições à Presidência






No próximo domingo, mais de 135 milhões de brasileiros devem voltar às urnas para escolher o presidente da República. Além do presidente, os eleitores do Distrito Federal e de mais oito estados –Alagoas, Amapá, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia e Roraima– vão escolher também o novo governador.
Na votação nesses locais, que envolve cerca de 19 milhões de votantes, os eleitores escolhem primeiro o candidato a governador e, depois, o candidato a presidente.
Concorrem à Presidência neste segundo turno José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). No primeiro turno, Dilma conquistou 46,91% do eleitorado, quanto Serra obteve 32,61% dos votos.

24 de out. de 2010

Datafolha - Válidos: Dilma 56%; Serra 44%. Votos totais: 50% a 40%





A pesquisa do Datafolha divulgada na madrugada desta sexta-feira, 22, aponta a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, com 56% das intenções de voto e está com 12 pontos de vantagem sobre José Serra, do PSDB, que está com 44%, informa O Estado de S.Paulo.
Na pesquisa do dia 3, a simulação feita na ultima pesquisa apontava a candidata petista com 57% e o tucano com 43%. Os dois candidatos oscilaram na margem de erro em relação a última pesquisa realizada pelo instituto: Dilma seguia com 54% e subiu para 56%, e Serra que tinha 46%, passou a ter 44%. Na soma dos votos totais, Dilma Rousseff tem 50% (47% no último levantamento). José Serra tem 40% (antes tinha 41%). Em relação aos votos em branco, nulo ou nenhum, são 4%. Os eleitores indecisos somam 6%.
Fator Marina: Dilma sobe oito pontos; Serra perde cinco pontos
O levantamento mostrou que os eleitores de Marina Silva (PV) mostraram preferência a Dilma Rousseff. A candidata do PT teve crescimento de oito pontos e de 23% subiu para 31%. Porém, apesar de Serra ter a preferência dos eleitores, ele teve uma queda de cinco pontos, passando de 51% para 46%.
O instituto ainda apontou que 88% dos brasileiros já estão decididos em quem vão votar no 2º turno e 10% poderiam mudar o voto.
Os dados dos eleitores por sexo mostram que Dilma tem a preferência dos eleitores homens, com 55%, contra 38% de Serra. Já entre as mulheres a disputa esta mais apertada, 45% votarão em Dilma e 41% vão votar em Serra.

Petistas e Socialistas fazem carnaval fora de época em apoio a Dilma

Em tela: Humberto, Eduardo, João Paulo, Ana Arraes e Armando ao fundo.

Militantes e eleitores do PT vestiram a avenida Conde da Boa Vista de vermelho e fizeram um verdadeiro carnaval fora de época para manifestar apoio à candidata Dilma Rouseff. O evento contou com a presença de diversas agremiações, além de movimentos sociais como o MST, lideranças estudantis como USP, Uespe, Ubes e UEP e representantes de grupos distintos da sociedade civil.

Entre os grupos carnavalescos que marcaram presença, o bloco Eu Acho É Pouco e a escola de samba Gigante do Samba , além de caboclinho, maracatus de baque solto, passistas de frevo e grupos de percussão. 10 carros de som conduziram o evento, e o governado Eduardo Campos, os senadores eleitos Humberto Costa e Armando Monteiro e o deputado eleito João Paulo percorreram a Boa Vista em cima de uma caminhonete.

Os militantes não perderam a oportunidade de ironizar a polêmica das agressões que José Serra diz ter sofrido no Rio de Janeiro, atirando bolinhas de papel para todos os lados. Muitos levavam a imagem de uma radiografia que trazia um cartaz com os dizeres "Após exames de última geração, laudo afirma: Paciente José Serra não tem nada na cabeça".

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A caminhada partiu da praça Oswaldo Cruz, seguiu pela Conde da Boa Vista e culminou no Largo do Carmo. O trânsito na área foi interrompido durante o evento. No Largo do Carmo, aconteceu um comício para insentivar a militância petista.

"Na verdade se pensava que o primeiro turno ia ser muito fácil, e que não ia precisar da força revolucionária da militância. Agora, a militância acordou", falou João Paulo.

Humberto Costa comentou, em seu discurso, a coincidência do dia do evento com a primeira data que o PSDB havia divulgado para a visita de José Serra. "O candidato do retrocesso disse que viria a Pernambuco, mas nós já haviamos pedido autorização (para o evento) no TRE. Eles disseram que nós estavamos tendo atitudes autoritárias. Hoje o Recife respondeu: aqui não, Serra. Pernambuco tem dono, e o dono de Pernambuco é o povo, que não quer voltar ao passado".

A organização do evento estimou que um total de 10 mil pessoas participaram da caminhada. Já a PM contabilizou 30 mil pessoas.

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Humberto Costa diz que Serra vai levar uma ''chinelada'' em Pernambuco

Dilma estará nesta terça feira em Caruaru no agreste







O coordenador da Campanha de Dilma em Pernambuco, João Paulo (PT), confirmou que Caruaru foi a cidade escolhida para receber a terceira visita de Dilma Rousseff (PT) ao Estado durante esta campanha. De acordo com João Paulo, ela chegará à cidade na tarde da terça-feira (26) e deverá permanecer até o início da noite. “O formato do evento ainda vai ser discutido”, explicou o ex-prefeito do Recife. João Paulo também informou que o encontro com os prefeitos do Agreste e a caminhada, programados para serem realizados no município na segunda-feira (25), foram cancelados.
Nesta tarde, a agenda de campanha de Dilma em Pernambuco foi em Escada, onde aconteceu o encontro dos 19 Prefeitos da Mata Sul, no Cine Utinga, com o governador Eduardo Campos (PSB), os senadores eleitos Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), o coordenador da Campanha no Estado, João Paulo, o deputado federal eleito, Danilo Cabral (PSB), e os estaduais eleitos Rildo Braz (PRP), Mary Gouveia e João Fernando Coutinho (PSB).
O governador Eduardo Campos conclamou a todos para que esqueçam possíveis disputas e divergências locais e dêem as mãos por um projeto maior. Segundo ele, os adversários, que estavam animados com a chegada ao segundo turno, já sentem que, agora, a realidade é outra. “É resultado do nosso time em campo, na luta, que só vai parar no dia 31, quando estivermos com a taça na mão”, destacou. O senador eleito Armando Monteiro disse que é preciso o esforço de todos para queDilma chegue à Presidência e cumpra o compromisso de manter o tratamento que foi dado por Lula a Pernambuco.
Hoje (22) a Coordenação da Campanha de Dilma em Pernambuco realiza a Caminhada Dilma Presidente, com concentração a partir das 15h, na Praça Osvaldo Cruz. A saída está prevista para às 17h, com percurso pela Conde da Boa Vista em direção ao Largo do Carmo, onde haverá um comício, com a presença do governador Eduardo Campos, dos senadores eleitos Armando Monteiro e Humberto Costa e parlamentares da Frente Popular.

Para Eduardo Campos, episódio das bolinhas reflete humor do povo pernambucano








Ironias com Serra não faltaram por parte dos militantes

O governador reeleito Eduardo Campos (PSB) afirmou hoje que as diversas bolinhas exibidas (algumas até jogadas por brincadeira) durante a carreata pró-Dilma Rousseff (PT) refletem a "criatividade do povo pernambucano". O socialista defendeu que o ato não deva ser censurado. "O humor é algo muito forte em Pernambuco. Esse é um Estado muito criativo. Nós não podemos censurar nada. Temos que ser um país com uma democracia que respeite a livre expressão de humor, daqueles que resolvem transformar um episódio de uma discussão tensa em um motivo de riso, de alegria", destacou Campos.

O socialista, entretanto, se esquivou de comentar as declarações do aliado, o presidente Lula (PT), que ontem classificou como uma "farsa" a postura do presidenciável José Serra (PSDB), que foi flagrado por uma reportagem sendo atingido por bolinhas de papel. "Já não comentei ontem esse assunto, muito menos hoje. Vamos comentar o projeto, discutir o dia de hoje, o dia de amanhã. Esse é um episódio que já passou", resumiu.

Segundo Campos, pesquisas internas do partido apontam que Dilma já tem 73% das intenções de voto em Pernambuco. O governador ressaltou a importância de aumentar este número. No primeiro turno, a petista teve 62% dos votos, contra 20% de Marina Silva (PV) e 17% de Serra. "As pesquisas estão superando a expectativa. São as mesmas pesqiosas que nos baseamos para fazer o primeiro turno. Estamos confiantes de que ainda podemos melhorar essa performance, e vamos trabalhar para isso", ressaltou Eduardo Campos.

O governador ainda comemorou a presença do ex-petista Roberto Leandro (PV) na caminhada. Ele disputou a eleição, mas não conseguiu ser deputado estadual. "Fiquei muito feliz de ver Roberto Leandro aqui. Tenho muito respeito pela história de vida dele, pela militância. Ele foi um colaborador do nosso governo, nos ajudou muito quando serviu ao nosso governo. Posso dizer que fiquei muito feliz de vê-lo aqui, entre seus amigos", concluiu Campos.

Dilma Rousseff diz que José Serra ''usa pele de cordeiro''






A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, utilizou comício em Uberlândia (MG) na noite desta sexta-feira (22) para lançar críticas ao adversário do PSDB, José Serra. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma afirmou que Serra usa 'pele de cordeiro' e busca se apresentar como o candidato da continuidade, informa o portal G1. ''O meu adversário põe pele de cordeiro e diz que ele representa a continuidade. Vamos lembrar que ele passou os oito anos do governo, ele e o partido dele, fazendo a oposição mais ferrenha contra nós'', afirmou.

A candidata voltou a classificar a disputa como uma disputa entre modelos, associando o governo anterior ao 'Brasil que desce serra abaixo'. 'No dia 31 esses dois Brasis vão estar um diante do outro: um que cresce e se desenvolve, e outro que desce serra abaixo', afirmou Dilma. Como tem feito nos comícios do segundo turno, a candidata abordou a polêmica religiosa que marcou essa etapa da disputa. Disse que a oposição busca 'semear conflito religioso'.
'Queria avisar vocês que de hoje até o dia da eleição vão tentar criar mentiras, falsidades e calúnias como vêm fazendo contra minha candidatura. Semenando uma coisa muito ruim, que é o conflito religioso. Não acreditem no que o nosso adversário, sua campanha e seus aliados falam contra nós', disse.

Prefeito de Brejinho concede aumento para professores






Os professores da rede municipal de ensino de Brejinho vão receber a partir do próximo mês, um reajuste de 8% em seus contracheques. O reajuste salarial representará um acréscimo significativo na folha do município, mas de acordo com o prefeito José Vanderlei (PSB), “o profissional de educação tem que ser bem remunerado, para se ter qualidade no ensino, eles devem está satisfeitos e trabalhando com prazer na atividade que exerce, dando assim um retorno melhor para os seus alunos”. A atitude confirma o compromisso da gestão José Vanderlei com a educação daquele município, mesmo diante da turbulenta crise financeira, que representou a redução de repasses para a prefeitura no ano passado.

Eduardo Campos fez carreta em Petrolina pró-Dilma





A coordenação da Campanha de Dilma Rousseff em Pernambuco promoveu ontem dia (21) uma carreta em prol da candidata pelas ruas de Petrolina. A concentração está prevista para as 9h na porta do rio.
Estão confirmadas as presenças do governador Eduardo Campos (PSB), dos senadores eleitos Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), dos deputados federais Gonzaga Patriota- majoritário na cidade, Fernando Filho, Mauricio Rands o deputado eleito João Paulo, além dos deputados estaduais Isabel Cristina, Geraldo Coelho e dos eleitos Odacy Amorim e Adalberto Cavalcanti.

21 de out. de 2010

Vox Populi: Dilma tem 51%, Serra tem 39% e indecisos somam 4%






Em novo levantamento, petista sobe 3 pontos, tucano cai 1 ponto e indecisos recuam 2 pontos.
Pesquisa Vox Populi/iG divulgada nesta terça-feira mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em relação ao tucano José Serra aumentou para 12 pontos percentuais. Segundo o Vox Populi, Dilma tem 51% contra 39% de Serra.
Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.
Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.
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Lula chama FHC de “tucano com bico grande”






O principal cabo eleitoral da presidenciável petista, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é “o tucano com bico grande”, acrescentando que “tucano tem um bico grande e bonito para muita lábia, é só xaveco no ouvido da gente”. Nesta terça-feira (19), Lula recomendou aos eleitores cuidado com a falsa sedução do PSDB, durante sua passagem por Goiás.
A declaração partiu em meio aos ataques ao candidato do PSDB ao governo de Goiás, senador Marconi Perillo, a quem o petista acusou de desvio de recursos e de mentir ao exibir em seu programa eleitoral trechos da Ferrovia Norte-Sul como um de seus feitos. “Política a gente não pode fazer com ódio, com agressão, mas ninguém aguenta mentira. (…) Ninguém pode aguentar mentira o tempo inteiro. (…) Não tem nada pior do que um político mau caráter, alguém que não colocou um trilho na ferrovia dizer ele que fez a ferrovia”, afirmou Lula durante comício ao lado de Dilma, no Jardim Curitiba, bairro da periferia de Goiânia.
Ele reforçou a estratégia de comparar sua gestão de FHC (1995-2002), lembrando que o tucano promoveu privatizações e não tinha um olhar social. “Não estamos votando num homem e mulher apenas. A gente está votando num projeto político, na definição do Brasil que a gente quer. (…) A gente não pode esquecer o Brasil da privatização, do FMI [Fundo Monetário Internacional], do desemprego, da desesperança, da falta de oportunidade”.

Lula encerrará campanha de Dilma no Estado


O governador Eduardo Campos (PSB) anunciou nessa segunda-feira (18), durante o almoço promovido pela Coordenação Estadual da Campanha, que o presidente Lula estará no Recife dia 28, para um grande comício de encerramento da campanha de Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco. O evento deverá acontecer no Marco Zero e não contará com a presença da candidata, que estará participando do último debate do segundo turno.
O almoço demonstrou a unidade e a força do palanque da Frente Popular para reforçar ainda mais a campanha presidencial da petista no Estado. Além do governador e do coordenador Estadual da Campanha, João Paulo (PT), estiveram presentes o senador eleito, Armando Monteiro (PTB), 10 deputados federais, 39 deputados estaduais (entre os eleitos e com mandato), presidentes dos partidos que integram a Frente, prefeitos, vices, vereadores e outras lideranças políticas. O senador eleito Humberto Costa (PT) não compareceu por se encontrar no Rio de Janeiro, participando do lançamento do programa de governo de Dilma Rousseff.
João Paulo foi o primeiro a falar e pediu o total engajamento dos parlamentares na campanha. De acordo com o petista, pesquisas internas já apontam Dilma com 72% em Pernambuco, contra 28% de Serra (PSDB). Durante os discursos, o governador Eduardo Campos anunciou a vinda de Lula ao Estado no próximo dia 28 e fez um apelo aos parlamentares e as lideranças partidárias: “vamos confirmar no segundo turno o desejo do povo brasileiro, que quer ver avançar as mudanças promovidas pelo presidente Lula”, afirmou

Lula pretende pressionar por reforma política






Recentemente, numa conversa com um de seus ministros mais próximos, o presidente Lula disse não saber ainda exatamente o que fará depois que passar seu cargo para seu sucessor. Mas uma das tarefas à qual o presidente mais se inclina a realizar a partir do ano que vem é a de se tornar uma espécie de arauto da reforma política. Na presidência, avalia Lula, as exigências do cargo, com as negociações com os vários grupos políticos, o impediam de se posicionar mais firmemente sobre as mudanças que julga necessárias no atual sistema político. A partir do ano que vem, liberado das responsabilidades do poder, mas conservando a popularidade e a liderança sobre o PT e os demais partidos parceiros, Lula acredita que poderá pressionar mais livremente os políticos e aprovar a reforma política. Pelo menos alguns pontos dela, como a adoção de lista fechada nas eleições para deputado e o financiamento público de campanha.

Em entrevista concedida à revista britânica The Economist, Lula explicitou esse desejo. O presidente admitiu que terminará o segundo mandato frustrado por não ter conseguido, junto ao Congresso, aprovar a reforma.

“Estou me comprometendo, quando eu não for mais presidente, a começar a convencer o meu próprio partido, porque eu acho que esta é a principal reforma que temos que fazer no Brasil, para que possamos [depois] fazer as demais reformas”, disse o presidente à revista The Economist.

Os pontos e as prioridades diferem, mas a discussão de uma reforma política está na agenda de ambos os candidatos à Presidência no segundo turno, Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB. O problema é que a modificação do sistema político é um tema recorrente no Congresso, que nunca chega a um bom termo, porque os políticos se mostram incapazes de alterar o atual sistema que já conhecem e do qual, em última instância, se beneficiam. Este ano, o assunto até chegou a ser apreciado na Câmara. Mas partidos oposicionistas como o PSDB, impediram o avanço nas deliberações. “Houve discussão, mas o texto foi rejeitado. Chegamos a um acordo [PT e DEM, um dos principais partidos de oposição] e queríamos aprovar o voto em lista e o financiamento público de campanha, mas o PSDB ficou contra”, lembrou ao Congresso em Foco o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Eduardo promete recursos para ampliar o estádio do Salgueiro





Assim que tomou conhecimento da vitória histórica do Salgueiro contra o Paysandu, ante-ontem (17), em Belém do Pará, o governador Eduardo Campos fez questão de ligar para o prefeito Marcondes Libório para que parabenize todos os atletas e a comissão técnica da equipe sertaneja pelo feito.
E não apenas isso. Eduardo também adiantou novidades. O governador, que foi cobrado pelo prefeito, garantiu os recursos necessários para ampliar a capacidade do estádio Cornélio de Barros Muniz, o ‘Salgueirão’. Atualmente o estádio conta com 6 mil lugares, mas a CBF exige que nas disputas da série B do Campeonato Brasileiro, essa capacidade seja de no mínimo 10 mil torcedores.
O governador já solicitou o orçamento das obras. Ainda esta semana, Marcondes deverá se reunir com sua equipe de engenharia para tratar do assunto. O desafio, agora – além do orçamento e dos recursos – é deixar tudo pronto em sete meses, quando começará o Brasileirão 2011. (com informações da assessoria)

PT aponta ‘indícios veementes’ de elo do PSDB com panfletos contra Dilma




O secretário-geral do PT, deputado federal José Eduardo Cardozo (SP), um dos coordenadores da campanha da presidenciável Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda (18) que há “indícios veementes” de participação do PSDB na tentativa de distribuir panfletos que relacionam a candidata petista à defesa da discriminalização do aborto.
“Há indícios veementes de que [os folhetos] possam ter sido produzidos pela campanha de nosso adversário. A gráfica é de uma filiada ao PSDB, ela é irmã de pessoa de estrita confiança do candidato”, disse Cardozo em entrevista coletiva na sede nacional do PT, em São Paulo.
Pela manhã, antes da entrevista de Cardozo, a assessoria de imprensa de José Serra disse que não há nenhuma relação entre os folhetos e a campanha do presidenciável tucano.
Neste domingo (17), a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal apreendeu em uma gráfica no bairro do Cambuci, em São Paulo, folhetos contra a presidenciável do PT intitulado “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

30% dos eleitores já não se lembram do voto para deputado e 28% para o Senado

30% dos eleitores brasileiros já se esqueceram o nome do candidato a deputado federal para o qual deram o voto –a menos de 20 dias. Os dados são de pesquisa Datafolha realizada em todo o país nos dia 14 e 15 de outubro. A situação é igualmente desoladora no caso do Senado: 28% dos eleitores já não se lembram em quem votaram para pelo menos uma das vagas de senador (havia duas em disputa).

Governadores mexem em feriadão para evitar ‘fuga de votos’






A proximidade de dois feriados — Dia do Servidor, em 28 de outubro, e Finados, em 2 de novembro — com a data das eleições motivou um jogo de xadrez no comando das campanhas.
Partidos aliados do PT e do PSDB estimam que o feriadão pode provocar uma fuga de 11 milhões de eleitores no fim de semana decisivo. Para evitar uma debandada geral, os governos de Pernambuco São Paulo, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e Pará aboliram a folga na quinta-feira anterior e na segunda-feira seguinte às eleições. O mesmo rigor não ocorre no Distrito Federal, onde o governador, Rogério Rosso, aliado de Weslian Roriz (PSC), determinou ponto facultativo na segunda-feira. A medida estimularia os servidores de maior renda — em tese, mais inclinados a eleger Agnelo Queiroz (PT) — a viajar e se ausentar da votação. No primeiro turno, o índice de abstenção no Brasil foi de 18,2%. O calendário do feriadão ainda está indefinido em 15 estados, entre eles o Rio de Janeiro, segundo maior colégio eleitoral do país.

Lula cobra verdade da imprensa e diz que ninguém prova nada no país




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a atuação da imprensa na campanha presidencial ao participar na noite desta segunda-feira (18), na capital paulista, de cerimônia da premiação promovida pela revista "Carta Capital".Em discurso a empresários ao final da premiação "As Empresas Mais Admiradas do País", Lula disse que "ninguém tem que provar nada" no país. "É só acusar", completou, cobrando "verdade" dos veículos de comunicação."Enquanto a classe política não perder o medo da imprensa, a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país", afirmou o presidente.
Lula também criticou decisão de um ministro do Tribunal Superior Eleitoral que suspendeu a distribuição da edição de setembro do Jornal da CUT (ano 3, número 28) e a divulgação do conteúdo da publicação no site da central sindical.A proibição resultou de pedido da coligação que apoia a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência. Segundo a coligação, a CUT e outras entidades sindicais estariam patrocinando a produção de "farto material" impresso para a promoção da candidatura de Dilma Rousseff (PT).

Intelectuais e artistas se unem em ato pró-Dilma

LEONARDO BOFF, DILMA E CHICO

Mais de 1.000 Artistas Intelectuais e Militantes
Com a rara presença do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, que só perdeu em aplausos para o arquiteto Oscar Niemeyer, mais de mil artistas, intelectuais e militantes reuniram-se ontem em um ato em apoio à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, no Teatro Casa Grande, tradicional ponto de encontro e espetáculos da esquerda carioca, na zona sul do Rio. Os manifestantes entregaram à Dilma um documento com mais de 10 mil assinaturas, muitas delas de eleitores de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), no primeiro turno.
Chico Buarque fez um rápido pronunciamento com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai", disse.

Fernando Filho e FBC participam de eventos pró-Dilma





Depois da eleição consagradora que o deixou entre os sete mais votados em Pernambuco para a Câmara de Deputados, no último dia 03 de outubro, Fernando Filho (PSB) ainda vive em clima de campanha. Mas agora é para ajudar a candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff.
Ele e seu pai, o secretário de estado Fernando Bezerra Coelho, (PSB) participarão, neste fim de semana em Petrolina, de dois grandes eventos. O primeiro acontecerá nesta sexta-feira (22), com um ‘arrastão’ que percorrerá as ruas do José e Maria, na zona norte, um dos mais populosos da cidade. A concentração acontecerá na Mecânica Bahia, a partir das 17h.
Já no sábado (23), a partir das 9h, os dois prestigiarão um ‘adesivaço’ pró-Dilma no Centro da cidade, próximo à prefeitura municipal, na Avenida Guararapes, e às 17h sairão em uma carreata do complexo turístico Porta do Rio, na orla fluvial.
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14 de out. de 2010

Eduardo Campos: "Vamos juntar os bons e melhorar o País"

O governador eleito que teve a vitória mais avassaladora no primeiro turno das eleições, Eduardo Campos (PSB) venceu nos 184 municípios de Pernambuco, seu Estado. Neto do ex-governador Miguel Arraes e aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos prevê a vitória da candidata Dilma Rousseff no segundo turno, mas não se furta a fazer reparos à campanha da coligação governista no primeiro turno - "a briga com a mídia foi uma briga errada", ele acredita, por exemplo.
Ao mirar mais à frente da batalha eleitoral, entretanto, Eduardo Campos vê a necessidade de "juntar os bons". Quer dizer, buscar conversas e entendimentos entre integrantes das forças políticas que hoje se enfrentam pela Presidência da República. "Tem pessoas na oposição que guardam os valores que nós guardamos", afirma ele.
Há precedentes na história de seu partido e em sua trajetória pessoal, lembra Campos: a aliança com o então governador Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais, para levar à prefeitura de Belo Horizonte um candidato do seu PSB, Márcio Lacerda. E nesta eleição mesmo, o PSB apoiou Dilma para a presidência e o candidato tucano Antonio Anastasia para o governo de Minas Gerais. Leia a seguir a íntegra da entrevista:

O senhor foi o governador mais votado do Brasil nestas eleições. Venceu em todos os 184 municípios de Pernambuco e em mais de 80% desses municípios, se eu estiver errado me corrija, com mais de 90% dos votos. E, ontem à noite, foi a Granito, onde obteve 99,1% dos votos. Em um município de pouco mais de cinco mil eleitores, apenas 23 votaram contra. Como explicar isso?
O que explica isso é o trabalho que estamos fazendo, o momento que Pernambuco vive. Na verdade, inauguramos uma forma diferente de fazer política no Estado. Que era marcado por disputas políticas muito acirradas, um tempo em que a política foi feita de maneira muito agressiva recentemente. Nós ganhamos as eleições de 2006, surpreendendo a muitos que imaginavam que nós iríamos alimentar esse tipo de política. Surpreendemos com a paz política em Pernambuco. Fomos tratar de trabalhar. Não de desqualificar nossos adversários. Fomos tratar de inovar a gestão pública, de ampliar a margem de investimentos do estado, que multiplicamos por quatro. De tirar do papel uma série de investimentos que eram o sonho de Pernambuco há muitos anos. E tudo isso foi feito dentro de um ambiente de respeito e humildade. E agora estamos colhendo o que nós plantamos.

Se imaginava a velha política, o ódio, a rivalidade, porque se imaginava que o senhor tentaria vingar a derrota do seu avô, Miguel Arraes, contra o mesmo Jarbas Vasconcelos (PMDB). Não é isso?
Isso mesmo. Exatamente isso. Em 2006, já tivemos a oportunidade de vencer a eleição e quem comandava o palanque em 2006, o governo que terminava naquela data que sucedi, não era o governo de Mendonça (Filho) (DEM). Era o governo Jarbas. No segundo turno, Jarbas esteve mais na televisão do que o próprio candidato, o Mendonça. E nós fizemos aquele debate, do segundo turno, com muito equilíbrio. Fomos pras propostas, fomos mostrar pra onde o Brasil estava indo, as mudanças que haviam ocorrido no mundo e a necessidade de Pernambuco voltar a ter futuro. Pernambuco não viver de contar o que já tinha sido ou do ciúme dos estados vizinhos. Era hora de unir o Nordeste e embalar Pernambuco, para ele voltar a crescer. E o que está acontecendo? Crescimento com qualidade, com respeito à natureza, crescimento com inclusão social, crescimento distribuído no estado, crescimento em setores que portam ao futuro. Fazer uma grande transformação na estrutura de educação, da valorização da educação para a cidadania e para o trabalho, com investimento em ciência e tecnologia. Com inovação na gestão pública, podendo fazer com que Pernambuco possa tanto na saúde, como na segurança pública, ter programas que são de estado e inovadores. Tudo isso foi surpreendendo. Então, essa coisa de alimentar o revide, não veio, não gravou, e as pessoas sentiram isso na minha atitude. Nós não discriminamos ninguém, quem já foi discriminado como nós fomos não tolera essa discriminação. Fomos trabalhar. Plantamos e estamos colhendo os frutos de uma nova política.

O senhor teve 82% dos votos e a candidata Dilma Rousseff (PT), teve 62%. O que o senhor prevê para o segundo turno?
Nós tivemos uma diferença da nossa votação pra votação de Dilma aqui em Pernambuco, de 700 mil votos. Destes 700 mil, 520 foram na Região Metropolitana. E na borda da Metropolitana, tá o restante dessa diferença. No interior, o voto foi muito casado...

Casado, é com os interesses locais?
Veio muito junto. Na Região Metropolitana, na prática, tive os votos da Dilma e da Marina (Silva) (PV), que votaram praticamente nesse movimento junto conosco. O crescimento da Marina se deu nos últimos dias da campanha.

E ai, as teses são várias...
É... Eu acho que tem dois votos muito claros que dá pra identificar, indo pra Marina. O voto da comunidade evangélica, ou até do católico mais conservador, que foi se dirigindo pra Marina. E o outro, que é um voto mais da juventude, da esquerda, da intelectualidade do Recife, de ativistas do movimento social... Que foram se distanciando por esse ou aquele motivo do PT, de Dilma. É meio que mandar um certo recado, pras pessoas terem mais humildade. Não queriam derrotar o projeto do presidente Lula. Queriam, na verdade, correção de rumo. Queriam afirmar valores que Marina passou a carregar. Uma eleição sem muita emoção. E, em algum momento, encontraram na candidatura de Marina, depositaram ali, na candidatura de Marina, uma emoção na relação com valores que ela carrega, da preservação, do cuidado com a natureza, da preocupação com a ética na política, que todos nós temos. Mas naquele momento ela expressou essa oportunidade no voto. Eu vejo um segundo turno aqui com uma grande vitória de Dilma. Acho que grande parte desse eleitorado que votou em Marina em Pernambuco, no segundo turno vai pra Dilma. Hoje, ela (Dilma) deve ter mais de 70% dos votos.

O PSB elegeu três governadores. Disputa com mais três governadores e o senhor certamente está acompanhando as pesquisas no País. Na região Norte e Nordeste, qual o quadro agora? A perspectiva?
Eu acho que o nosso conjunto é francamente majoritário no segundo turno aqui no Nordeste. Temos dois que estão diretamente envolvidos. Na Paraíba, onde nós já viramos no primeiro turno na frente. Estamos confirmando o ex-prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), que representa, na verdade, a renovação da política da Paraíba, necessária. E outro que é no Piauí, onde já viramos na frente e estamos confirmando essa liderança. No Norte nós temos um segundo turno no Amapá, com Camilo (Capiberibe), uma jovem liderança do nosso partido que quero crer que também vai ter êxito na eleição. Acho que no Nordeste, Dilma vai ter uma votação muito expressiva, acho que a média pode apontar pra algo em torno de dois pra um. Na região toda, como uma média regional. E no Norte também vamos ter uma frente que vai se confirmar nas urnas.

Onde está o problema na região, no segundo turno?
Em alguns estados onde a eleição estadualizou-se. Onde o posicionamento no primeiro turno, meio que estadualizou a posição da candidatura dela (Dilma). Onde ainda tem uma força mais expressiva, como em Alagoas, onde o presidente Lula perdeu eleições no passado. Resultados mais apertados como tivemos em Sergipe, na Paraíba, mas acho que a campanha do segundo turno nos dá a oportunidade de vencer nestes estados. E de ampliar a margem com os resultados que vamos colher em Pernambuco, na Bahia, no Ceará e no Maranhão.

De que forma tem retomado a campanha com os eleitores? Através da mídia? Viagens? E qual o recado? O que o senhor está dizendo pra ele?
Na verdade, essa campanha no segundo turno, onde não tem segundo turno estadual é feita de uma maneira muito especial. Porque muitos palanques foram desmontados, a estrutura dos deputados estaduais, federais, dos próprios senadores, do governo, prefeitos... Ai a gente tem que remontar tudo. Fomos a cada uma das regiões chamando as lideranças, já fizemos reuniões no Sertão e na Região Metropolitana. Vamos fazer no Agreste pernambucano e na Zona da Mata, já na próxima semana. E a mensagem é ir pra rua. Fazer a diferença em Pernambuco, pra ajudar no Brasil. Nós tivemos no Estado muitas parcerias estratégicas, com o presidente Lula e é a hora da gente confirmar...

O senhor utiliza uma frase: não me tome com uma mão...
Isso foi na eleição. Quando terminou a votação, a apuração, que o nosso adversário reconheceu a derrota, sai para ir até o Marco Zero da cidade do Recife, uma grande praça onde se faz as atividades políticas mais expressivas e é tradicional ir lá, agradecer a multidão de pessoas e militantes, que ficam acompanhando o resultado das eleições. Quando cheguei lá, recebi vários cumprimentos, mas antes de ir para o palanque, um senhor me abraçou, cumprimentou pela vitória e disse: Eduardo, fica tranquilo. Porque o povo de Pernambuco não vai lhe dar essa vitória com uma mão e tomar com a outra. Quando ele disse aquilo eu disse: que frase interessante. É uma síntese.

E o que significa isso? Transpondo para o internauta do resto do Brasil?
É você dar a oportunidade de alguém governar o estado, e não dá a oportunidade de você ter um presidente aliado. Que é tão importante para as parcerias que Pernambuco viu serem feitas com o presidente Lula. É como dar ao presidente a vitória e dar um Congresso contra, um Senado contra ou uma Câmara contra. Ou seja, a população sabe que quando todo mundo já tá ajudando em uma direção, já é difícil fazer. Já é difícil realizar. Quando fica, uns puxando pra um lado, e outros puxando pra outro, fica muito mais difícil.

No Congresso já está delineado, com uma maioria...
Dilma terá uma maioria no Congresso muito maior que o presidente Lula teve. Por exemplo, Lula enfrentou grandes dificuldades.

Há quem veja isso como salutar. Se eventualmente o candidato José Serra (PSDB) ganhar. Um equilíbrio de poderes. O senhor acredita nisso?
Sinceramente, se alguém deseja defender a candidatura de Serra, que não use esse argumento. Até porque a história tem nos dito que a base de sustentação parlamentar tem sido muito importante para o êxito dos governos. Mesmo que o parlamento viva no mundo inteiro, e no Brasil também, uma crise de identidade, que é necessário ser discutida, a relação do poder executivo com o parlamento precisa mudar sua natureza. Precisamos deixar de ter a relação do executivo com parlamento na base dos cargos. A participação deve-se dar pela eficiência, pelo resultado das ações que valorizem o mandato. As funções parlamentares são duas, as principais funções. Uma: que é da representação. E a outra que é da fiscalização. A da representação, na medida que a democracia amadurece, que a sociedade se organiza, que os meios de comunicação e as ferramentas de comunicação são ampliadas, as pessoas podem através da ouvidoria, órgãos, ampliar suas opiniões, os conselhos são ampliados e a sociedade exige cada vez mais representação.

Há um descompasso entre a quantidade e a velocidade de meios; não que se deva se render aos meios, mas há a possibilidade de se manifestar muito mais rápido e o parlamento, ainda no século XIX...
Isso, regras que fazem que as votações se arrastem, se alguém tem interesse, por horas e horas. Você interdita decisões que estão na ordem do dia e que você necessariamente... Precisa rever, precisa rever. Essa é a crise da representação. E a outra, que é a crise do controle. Da fiscalização. Porque os órgãos de controle, sejam eles do controle externo, como por exemplo, o próprio Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas dos estados, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, eles foram se capacitando... A democracia deu estruturação à criação desses órgãos, que ganharam carreira, pessoas, profissionais que passaram no concurso e são qualificadas... Na verdade, a parte que mais funciona no serviço público. Eles passaram a exercer essa fiscalização com muito mais capacidade técnica que o próprio parlamento. Então, você tem duas crises que precisam ser observadas. A crise da representação e a crise da fiscalização pra fazer o controle. E ai, outra questão que coloca essas duas questões em xeque, que é a relação que o Legislativo tem com o Executivo. O voto do parlamento é muitas vezes dado na função do fazer, da função executiva, mais do que a representação. E isso exige uma reforma política séria no País, pra aproximar a política do povo.

Mas esse é o discurso de toda eleição. Vamos fazer a reforma política, vamos fazer a reforma política...
Sabe por que não faz? Porque quer fazer para a próxima eleição. Quem vai votar, olha pra norma e diz: essa é melhor ou pior pra mim? Agora, quando a gente pensar em fazer uma reforma política pra próxima década, e uma reforma tributária pra próxima década, a gente vai fazer. E não vai chegar na próxima década com essa mesma conversa, que já tem duas décadas.

Mas como é que se faz?
Com um pacto político, um pacto político. Podendo compreender que um País do tamanho do Brasil, com a importância e conceito internacional que o Brasil tem, com o relevo que nossa economia ganha pra o mundo, não pode ter um sistema tributário como esse. Que é vergonhoso. Que inibe a geração de emprego, que onera a produção, o investimento... A gente não pode ter também uma democracia tão jovem - afinal de contas, de 1989 pra cá são 21 anos que votamos pra presidente da República - e a cada ano temos uma legislação. Quando não tem uma legislação, tem uma resolução do TSE. Ou seja, quem tem responsabilidade com isso são os políticos, que precisam fazer uma reforma política decente, adequada, que valorize a cidadania, a proximidade da política com o povo. Acho que é possível fazer. Outros países fizeram, porque o Brasil que já fez reformas tão importantes não pode fazer essa?

O senhor tem conversado, suponho, com o comando de campanha da candidata Dilma. Tem palpitado? O que você acha que deve ser corrigido nesse segundo turno? Seja na campanha específica, no discurso, na televisão... Onde você acha que está pegando?
No primeiro dia eu já fui chamado pra participar daquela reunião. Acho que foi muito pouco, porque foi uma visão geral do Brasil, muitas pessoas falaram... E logo ali eu disse: olha, agora é a hora de centrar o comando, as informações foram passadas, mas não podemos ficar toda a hora ficar dando um palpite. E a gente termina atrapalhando, né? Nós falamos naquele primeiro momento e acho que muita coisa que observamos a gente já vê de mudança. E tenho falado sempre com a coordenação, com a própria candidata e as tarefas que tenho recebido, tenho procurado cumprir e passar para os vários companheiros do PSB. Acho que as coisas estão caminhando bem.

Tem visto o programa de televisão?
Tenho.

O que acha?
Acho que o programa foi muito bom no primeiro turno, melhorou no segundo turno, porque botou mais rua, mais emoção, mais proximidade e tem mais tempo também... Agora...

Tem gente se queixando também da ausência do presidente Lula. Dizem que tem uma dicotomia ai. Ou a candidata se constrói sozinha, com a ausência absoluta e total dele ou se vive esse dilema. Isso existe mesmo?
Eu acho que como diz o ditado: nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Acho que é preciso ter dos dois. No Brasil, a gente viu que teve muito disso na ida ao segundo turno, a associação de Dilma com a sociedade brasileira, com a grande massa dos brasileiros e brasileiras, era uma relação muito recente. Nós que conhecíamos ela, trabalhei com ela e sabia da capacidade dela, da disposição, da coragem, do preparo técnico... Mas muitas pessoas conheciam a Dilma de oito meses pra cá. Menos que uma gestação. Então, queriam conhecer um pouco mais. Foram tantos os bombardeios que ela sofreu... O que não é novidade. Porque o Lula sofreu com isso, Getúlio (Vargas) passou por isso, o Juscelino (Kubistchek) passou por isso, no plano local, a gente viu outras lideranças passarem por isso... Então, era um desejo de conhecer mais e é importante que o guia mostre sua história...

O guia é o horário eleitoral no "pernambuquês".
É (risos). É importante que o programa eleitoral mostre essa trajetória dela, a capacidade, a forma espontânea dela falar... Isso é muito importante. A relação dela na rua, como as crianças cuidam dela, como os mais velhos, os mais jovens já expressam sua esperança na candidatura dela. E é muito importante ter o presidente Lula, que é o avalista, né? O avalista diante do povo, da Dilma. Nós avalizamos também. Mas o grande avalista é o presidente Lula e é fundamental que ele entre e fale, fale não só com a razão, mas fale com o coração e diga ao Brasil o que ele nos disse lá no início, quando defendeu o nome de Dilma para que todos nós pudéssemos apoiar.

O senhor falou em "campanha fascista", logo ao final do primeiro turno. Objetivamente, o que o senhor quis dizer com isso?
Uma campanha que invadiu a privacidade, com mentiras sobre a vida pessoal de candidatos. Isso é insuportável. O século XXI tá ai e sou de uma geração que não quer cometer os mesmos erros que outras cometeram. Que a gente possa fazer algo que melhore, pra que a próxima (geração) venha, e melhore mais ainda. A gente não pode ficar calado, a gente que tem responsabilidade, nós que lutamos pela democracia, que prezamos valores importantes pra vida pública, não podemos assistir a juventude brasileira ser bombardeada com campanhas que invadem a privacidade de candidato A ou B. Não faço isso. Porque enfrentei uma campanha dura no meu estado, sempre estive aqui mantendo a coerência do que estou dizendo e que estou falando. Fui atacado durante toda a campanha e não fui pra baixaria. E tive um resultado que foi o maior da história de Pernambuco, o maior da história de eleições para um governo de estado, exatamente porque tive a capacidade de repudiar esse tipo de política.

Ela (Dilma) teria sido vítima de uma campanha fascista?
Sim, sim.

Isso leva à outra frase sua que eu li: "a briga com a mídia foi uma briga errada".
Eu acho. Eu acho e disse isso. Disso isso à coordenação da campanha de Dilma e disse isso na reunião com o presidente da República. Um valor fundamental para a maturação da democracia, que nós todos somos responsáveis por ela, que é um valor que distingue um país no conceito internacional de outras nações emergentes que é: o Brasil tem uma democracia. Tem instituições que têm procurado funcionar pra resolver esses problemas. Não são ideais? Não. Tem muita falha? Tem. Mas nós temos uma democracia que nos custou caro e que a gente precisa aperfeiçoar a cada dia. Um dos valores dessa democracia é a liberdade de imprensa. Liberdade de imprensa para que muitos órgãos e veículos, meios... Assumam inclusive um lado na política.

Essa foi a observação que o presidente fez. Mais ou menos, ele disse o seguinte: que na verdade, grande parte da imprensa tem lado, não se manifesta como tal objetivamente, e com subterfúgios, joga o jogo. O senhor concorda com essa concepção?
Alguns assumem claramente. Você viu veículos que fizeram editoriais e assumiram.

Sim. O Estadão fez, a Carta Capital fez...
Acho que isso já é sinal de outros tempos, o sinal da maturidade... O Estadão fez, a Carta Capital fez... Agora, acho que esse debate foi proposto por que? Porque foi colocado dentro de uma reta final de campanha, no calor de uma paixão política...

Onde não se tem como ganhar...
Onde não se tem como ganhar. Não se tem como ganhar esse debate. É um debate que o País deve travar com muita maturidade, até porque, a sociedade brasileira também pode se expressar reclamando de um veículo ou criticando um veículo. Do mesmo jeito que o veículo tem a liberdade e deve ter, que eu vou morrer defendendo essa liberdade de expressar sua opinião contra as minhas convicções, eu também posso expressar minha opinião. A respeito do resultado e tal... Agora, eu acho que naquela oportunidade, estávamos apontando pra ganhar a eleição no primeiro turno, tendo construído uma candidata que nunca foi candidata antes. Até então. Estávamos tendo uma grande votação para os governos estaduais, como tivemos. De senadores, de deputados... Aquilo pareceu algo que... aparentava sapato alto. E ai, como você sabe, tem o fato e tem a versão. O que ficou da impressão era que não era o debate sobre a imprensa, sobre o papel informativo, conceitual e tal. Foi vendido como uma forma de calar. E ai, ninguém vai defender algo que cale, que empastele, que engesse a liberdade de imprensa. Porque foi com a liberdade de imprensa que nós construímos a democracia...

Mesmo que a realidade possa ser até outra.
Ser outra. Ai é outro debate. Um debate que deve seguir. Mas não vamos fazer esse debate na porta de uma eleição.

Foi posta também nessa eleição uma questão geracional. O senhor foi eleito o governador mais bem votado, o Aécio Neves (PSDB-MG) teve uma votação para o Senado excepcional, elegeu o Itamar Franco senador, o Beto Richa (PSDB-PR), o mesmo com o Tarso Genro (PT), no Rio Grande do Sul... Qual o quadro que o senhor vê para o futuro mais próximo?
Eu acho que a geração pós-64, os filhos já da democracia, estão chegando à cena brasileira. À cena dos estados e devem chegar trazendo inovação. Carregando valores que vêm lá de trás, de justiça, de equilíbrio, de respeito à cultura brasileira, da identidade nacional... Mas que deve também trazer preocupações que são da pauta mais atual, como crescer respeitando a natureza, como garantir a transparência da gestão pública... Profissionalismo e gestão que são duas questões importantes, como aliar a gestão e o profissionalismo na gestão, com a capacidade de fazer o povo participar e ouvir o povo no que é prioridade. Ou seja, isso são questões que vão estar na ordem do dia do Brasil que cresce em importância no conceito internacional. Um Brasil que quer efetivamente buscar a construção de grandes consensos nacionais que embale o projeto de nação, que é muito maior que projetos de partidos ou projetos de pessoas.

A eleição do Serra significaria certamente uma pedra nesse caminho (da nova geração). E a eleição da Dilma, evidentemente, acacianamente, uma outra coisa (no mesmo sentido). O que significaria uma eleição ou a outra em sua percepção?
Acho que as pessoas muitas vezes, na política, os quadros políticos, podem representar aquilo que não desejam, não é? Porque não imaginam que vão representar. Eu digo isso porque o Serra é um brasileiro que todos nós respeitamos. Sabemos da história, do preparo técnico de Serra, sabemos que ele ajudou, como tantas outras lideranças, às lutas do Brasil pela redemocratização... Mas hoje o que ele representa é bem diferente do que Dilma representa. Dilma representa um projeto de continuidade de modelo de desenvolvimento nacional, de crescimento com inclusão. De possibilidade de inserção soberana do País e possibilidade de termos crescimento econômico bem distribuído no território nacional. Possibilidade de participação da sociedade organizada na decisão de governo, na possibilidade de avançar ainda mais no que Lula pode, do ponto de vista da gestão... A gente tem a compreensão que é isso que Dilma representa. Veja Bob, o Brasil conseguiu com grande esforço a estabilidade econômica, o fim da inflação. Que durante duas décadas matou o crescimento dos trabalhadores, da possibilidade de crescimento do País. A gente percebe que o fim da inflação não foi suficiente pra colocar o País em um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento econômico. O que possibilitou isso foi a redução da desigualdade. A desigualdade é uma questão que Dilma coloca como centro do seu debate político. A sua intervenção foi e ainda é o grande freio na economia brasileira. Um país como esse tem que contar com seu mercado interno. E não vai se fazer mercado interno sem gerar oportunidade, aumentar o número de pessoas que podem empreender ou se empregar. É aumentar o financiamento à produção no Brasil, aumentar a inclusão do caminho da educação, da capacitação técnica... Então, vejo claramente que o projeto de Dilma é um projeto que aponta pra o futuro. Você sabe que o processo decisório, de eleição, mexe com dois sentimentos: saudade e esperança. E eu não vejo saudade em relação ao que foi o governo de Fernando Henrique e que o Serra participou. E aqui, não sou daqueles que dizem que o governo Fernando Henrique só teve equívoco, de jeito nenhum. Tem muitos equívocos, mas vamos ver naquele tempo social. Teve um significado ali. Teve erros ali que podemos apontar, mas também teve acertos. Mas nós percebemos que não tem essa saudade. E quem mexe com a esperança? Acho que quem mexe com a esperança de poder ir além do que Lula pode ir é a Dilma, e as forças que a apoiam. E espero que Dilma faça um governo mais inovador, que Dilma possa fazer um governo que reconstrua o fundamento da relação com o aparelho de estado, o governo, o Executivo e os partidos políticos. Uma parte desses votos que Marina teve, da estudantada, da juventude, ela teve afirmando a necessidade de uma mudança nesse padrão.

De alguma forma, por mais absurdo que possa parecer a tese, os votos do Tiririca significam também uma satirização do que há na política? O Tiririca, os tiriricas?
É... É um voto claro de protesto. Não é? Entendo como um voto de protesto. Mas já vivemos em outras eleições a expressão desse voto também assim. Mas também tem muita gente que foi eleita com qualidade, com militância, com correção, dedicação à causa pública, com envolvimento nas lutas do campo, na cidade... Pessoas que são guardiões dessa oportunidade de mudar a política pra melhor. De limpar a política com o voto.

Podemos dizer que o voto no Tiririca foi um chute no balde, um alerta, não é? Eventualmente, o Tiririca pode ser até um bom parlamentar. Não estou desqualificando o voto.
É a expressão de um protesto. De um grito de alerta. Esse grito de alerta pode, e deve ser ouvido por quem tem responsabilidade. E acho que todos nós podemos dar uma contribuição para ser melhor. Na política quando a gente deixa de sonhar, a gente perde a razão de estar fazendo a política. Eu acho que pode ser melhor. Eu não acho que está bom e que aqui pode parar. A gente pode fazer política contando com a participação de mais pessoas, que fazem a política com decência.

Reabrir a porta pra quem está se afastando da política...
Trazer de volta. Ver as pessoas... Muitas vezes eu me pergunto: tem pessoas na oposição que guardam os valores que nós guardamos, e muitas vezes a gente se vê obrigado, ou se vê na aliança com pessoas que não têm tanta identidade assim conosco. Por que? Por que não dialogar e juntar os bons? Acho que é chegada a hora de fazer essa pergunta. Juntar os bons do Brasil.

Falando nisso, o senhor agora governador e o senador Aécio caminharão juntos? Em algum momento? Em um futuro próximo?
Já caminhei ao lado de Aécio muitas vezes. Caminhei ao lado, quando ele acompanhava o avô dele e eu acompanhava o meu avô, e a gente não apitava muito, só ficava ali prestando atenção. Você se lembra disso. Depois caminhamos como parlamentares, como deputados juntos. Eu participei da conspiração - vamos dizer assim, já que se trata de mineiro - da articulação para que Aécio fosse presidente da Câmara e ele foi um belíssimo presidente. Naquela época eu era oposição ao governo Fernando Henrique, mas fiz com muito prazer a campanha dele para presidente da Câmara e não me arrependo. Pelo contrário, tenho muita boa recordação daquela época que levou Aécio à presidência da Câmara e dali pode ele seguir seu destino e ser governador de Minas, e ser um bom governador de Minas. O meu partido passou a apoiar o governo dele, ele teve um gesto, junto com (Fernando) Pimentel (PT), com o nosso partido... Juntaram pessoas que não eram do mesmo conjunto político. Ele, Aécio e Pimentel se juntaram em torno de uma candidatura do meu partido, do Márcio Lacerda, que é um belo quadro, pra tomar conta de Belo Horizonte e veja que agora, nesta eleição, votando em Dilma, fazendo campanha de Fernando Pimentel, meu partido votou em (Antônio) Anastasia (PSDB). Eu acho que a experiência de governo de Aécio em Minas Gerais, foi uma experiência que fez bem a Minas Gerais.

Você foi de Dilmasia.
É. Vamos juntar os bons. Vamos juntar quem pode tocar pra frente e melhorar, que é o que interessa ao povo. A maioria do povo não tem partido. Não vai ser candidato a vereador, prefeito, deputado, a senador... O povo tá preocupado que a coisa melhore. Preocupado com o País. A gente pode... Isso não quer dizer que pensamos tudo da mesma forma, não é assim. Às vezes dentro do mesmo partido não se pensa... Imagine quem tem partidos diferentes. Mas tem questões, valores que podemos somar. O Brasil é muito maior que tudo isso e é chegada a hora de juntarmos as pessoas de boa vontade desse País para consolidar a entrada do Brasil no século XXI, e do nosso povo na cidadania, na escola que funciona, na saúde que precisa melhorar esse financiamento... E muitas vezes a gente alimenta brigas e disputas que dizem mais respeito à disputa pessoal, de interesse eleitoral, e que não tem nada a ver com a vida do povo.

Pra encerrar, a três semanas, quem ganha?
Dilma ganha. Vai ser uma eleição com emoção, mas com vitória para nós