28 de nov. de 2010

O ascendente Eduardo Campos






Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, de Brasília, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos(PSB), mostra por que tem se tornado um importante personagem da política nacional. Conseguindo alcançar o nível de quase unanimidade no Estado que governa (foi eleito com mais de 80% dos votos válidos), Campos dá lições aos velhos lobos do poder do quanto “ser” deve corresponder ao simples “parecer” a que se acostumaram os icônicos políticos brasileiros.

Veja um trecho-resumo da Entrevista:
Um dos pilares do governo Luiz Inácio Lula da Silva nas crises políticas do fim do primeiro mandato, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), diz que a receita para se blindar a gestão Dilma de turbulências é manter o prumo da economia e acenar para os valores da classe média que se expressaram na votação da candidata derrotada do PV, Marina Silva. São valores, diz, que demandam condução republicana da máquina pública, compromisso com a liberdade de imprensa e meritocracia na gestão do Estado.
Diz que de sua gestão no Palácio do Campo das Princesas aprendeu que os aliados precisam ocupar as Pastas de cima a baixo para poderem ser cobrados no cumprimento de metas definidas não pelos partidos, mas pelo governo. Combate o que chama de preconceito contra as emendas individuais ao Orçamento e diz que seu atendimento é mais importante para a base de governo do que o das chamadas emendas de bancada.

Travessia difícil




Aparentemente fácil, a adesão oficial do PSDB local ao governo estadual tem muitos obstáculos a ultrapassar. É certo que a maioria dos tucanos já é governista, o senador Sérgio Guerra quer isso e Eduardo Campos (PSB), como todo governante, não recusa apoio. Porém, da mesma forma que provocou a divisão (e depois o fim) da antiga União Por Pernambuco ao aderir ao governo Jarbas, a presença de Guerra no governo Eduardo pode ser também fator de desestabilização da base aliada.
Saliente-se ainda que essa é uma travessia em que ninguém ganha nada. Primeiro, o governador não precisa da adesão formal dos tucanos porque, na prática, já tem esse apoio. Depois, os tucanos não podem nem barganhar cargos com essa possível adesão, na medida em que se o PSDB for para o governo vai porque quer. Agora, se tudo for concretizado, Guerra poderá ser visto como mais uma reserva majoritária, o que vai bater de frente com projetos políticos de petistas, petebistas e até mesmo socialistas.
E o horizonte para 2014 é pequeno. Só tem uma vaga para o Senado, que deve ser guardada para Eduardo, a depender de seus avanços no cenário nacional, ficando a disputa interna centrada no candidato ao governo do estado.
Do blog Valmir Andrade.

Beto de Marreco rebate declarações feitas por Delmiro Barros





O vereador José da Silva Bernardes (PR) rebateu ontem as declarações feitas pelo presidente da Câmara Municipal de São José do Egito Delmiro Barros (PTC), a respeito das medidas tomadas pelo prefeito Evandro Valadares em relação ao disciplinamento do trânsito. De acordo com Beto de Marreco, quem exerce a função de legislador não pode ir de encontro às leis, principalmente quando se trata da questão do trânsito local, que segundo o republicano está desorganizado.

“Ele foi muito infeliz em suas declarações, a cidade inteira aprova essa operação realizada pela Polícia Militar em conjunto com o Detran, havia motos com chassis adulterados circulando na cidade, como também pessoas guiando carros sem habilitação (menores), a iniciativa da prefeitura é legal, não adianta Delmiro querer criticar uma coisa que é para o bem do povo, um dia desses um veículo da frota municipal foi multado, se estava errado o Agente de Trânsito fez o papel dele”.
Fonte:BIF
Do blog Valmir Andrade.

Um dos compromissos de Eduardo Campos ontem em Brasília, foi uma reunião com presidente Lula





Os dois conversaram por cerca de uma hora e definiram que o penúltimo dia de trabalho do petista na Presidência da República será em Pernambuco. Além de uma série de inaugurações e anúncio de novas obras, o presidente será homenageado com uma grande festa. ´Vai ser um evento para os pernambucanos se despediram do presidente que mais trabalhou pelo nosso estado`, afirmou o governador.
A vinda de Lula ao estado está marcada para o dia 29 de dezembro. De acordo com a assessoria de imprensa de Eduardo, entre as obras que deverão ser inauguradas pelo presidente estão o Sistema Pirapama (de abastecimento de água) e o Cais Petroleiro de Suape. Existe a possibilidade da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) acompanhar a comitiva.
Antes da reunião com o petista, o governador participou de uma série de audiências. No Ministério do Turismo, Eduardo foi informado pelo ministro Luiz Barreto que Pernambuco receberá, ainda este ano, R$ 47 milhões. A verba será destinada à conclusão das obras de implantação do túnel de conexão da avenida Maria Irene com a Estrada da Batalha, em Jaboatão dos Guararapes, e da requalificação da avenida Pan-Nordestina, em Olinda. Hoje, nas especulações sobre a composição do governo Dilma, o Ministério do Turismo foi citado como uma das pastas que poderá ficar com o PSB.
Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, revelou que o governo deverá anunciar nos próximos dias a prorrogação da validade da Medida Provisória que criou a linha de crédito do BNDESPAR. A ação tem o objetivo de recuperar as atividades econômicas nas cidades atingidas pelas chuvas que atingiram municípios da Mata Sul, em junho. O novo prazo ainda não foi definido.
Na maratona de reuniões na capital federal, Eduardo Campos continuou as articulações com os líderes do partido e, à noite, voltou a conversar com Dilma Rousseff sobre a participação do PSB no futuro governo. O retorno do governador ao estado estava previsto para manhã de hoje. Ontem à noite, ele prestigiou a entrega da medalha Oswaldo Cruz e Mérito Médico ao sogro, o doutor Ciro de Andrade Lima.
Do blog Valmir Andrade.

Promotor vai pedir prisão de Tiririca






O promotor Maurício Lopes pediu à Justiça que o deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), Tiririca, seja condenado a cinco anos de prisão. Essa é a pena máxima para o crime de falsidade ideológica, do qual o humorista é acusado.
Ontem, Lopes apresentou suas alegações finais na ação contra Tiririca em curso na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Segundo o promotor, Tiririca cometeu o delito porque entregou à Justiça Eleitoral declarações falsas sobre sua alfabetização e a propriedade de bens.
“Pedi a condenação na pena máxima tendo em vista a repercussão social do crime e a natureza da falsificação, que foi feita para produzir uma fraude eleitoral”,
Do blog Valmir Andrade.

Deputados federais da Paraíba gastaram R$ 31 mil com viagens nacionais e internacionais


Sete deputados federais da Paraíba gastaram R$ 31.070,57 mil com passagens nos anos de 2009 e 2010. As viagens foram para os lugares mais diversos e não se resumiram ao Brasil. Países como Estados Unidos, África do Sul e até Vietnã também foram visitados pelos parlamentares paraibanos.

O deputado que mais viajou foi Luiz Couto, do PT, que na maioria das vezes teve que se deslocar para outros Estados para investigar casos de exploração sexual e violação dos direitos humanos. Couto viajou sete vezes, sendo três para o exterior, nos anos de 2009 e 2010 e gastou R$ 7.609,63 mil. Este ano o parlamentar usou R$ 300 em passagens e o restante foi utilizado no ano passado.

Em segundo lugar na lista dos que mais gastaram com diárias para viagens está o vice-governador eleito, Rômulo Gouveia (PSDB), que viajou quatro vezes, sendo três para o exterior. Ao todo, Rômulo usou R$ 7.014,32 mil com passagens. Em 2010 o atual deputado federal fez apenas uma viagem no valor de R$ 150,00 para o Rio de Janeiro. Rômulo participou de conferências e assembléias.

Damião Feliciano (PDT) foi o terceiro deputado que mais gastou com passagens, embora tenha viajado apenas duas vezes, todas em 2009. Foi gasto, ao todo, pelo pedetista, R$ 6.036,46 mil. Entre as viagens feitas pelo parlamentar está uma visita ao Vietnã, para celebrar os 20 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e o Vietnã.

Marcondes Gadelha (PSC) também só usou diárias para viajar em 2009 quando foi aos Estados Unidos e ao Panamá. Com as duas viagens o parlamentar gastou R$ 5.130,99 mil. Nos Estados Unidos Gadelha foi a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. No Panamá ele participou da 25ª Assembleia Ordinária do Parlatino.

A Inglaterra foi visitada pelo deputado federal Manoel Júnior (PMDB) que, em 2009, fez uma visita oficial ao Reino Unido, a fim de participar de missão empresarial junto aos setores farmacêutico e médico hospitalares para avaliar as possibilidades de cooperação entre os dois países e gastou R$ 3.018,23 mil.

Wilson Braga (PMDB) e Major Fábio (DEM) foram os que menos viajaram e, consequentemente, os que menos gastaram. Braga gastou R$ 1.810,94 mil com uma viagem a Suíça e Major Fábio R$ 450 indo ao Rio de Janeiro.
Do blog Valmir Andrade.

Cirurgia de José Alencar atingiu objetivos, diz boletim






A cirurgia à qual foi submetido o vice-presidente da República, José Alencar, atingiu seus objetivos, de acordo com o boletim divulgado há pouco pelo Hospital Sírio-Libanês. O procedimento, de acordo com o comunicado, foi feito por meio de ressecção do principal segmento de intestino comprometido.
A cirurgia teve início às 8h30 e durou cerca de cinco horas. Ela foi conduzida pelos médicos Raul Cutait e Ademar Lopes.
Alencar já está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cardiológica do hospital. A entrevista coletiva para mais esclarecimentos sobre o procedimento e sobre o estado de saúde do vice-presidente está marcada para as 10h30 do domingo. As equipes médicas que acompanham José Alencar são coordenadas por Cutait, Lopes, Paulo Hoff, Roberto Kalil Filho e Paulo Ayrosa Galvão. O boletim é assinado pelo diretor técnico hospitalar Antônio Carlos Onofre de Lira e pelo diretor clínico Riad Younes.
O chefe de gabinete do vice-presidente, Adriano Silva, disse há pouco que visitou Alencar e que ele está bem.
Do blog Valmir Andrade

FBC Ministro e candidato em 2014






Ao tentar emplacar o secretário Fernando Bezerra Coelho (Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) no Ministério da Integração, conforme antecipou Ilimar Franco em sua coluna no Globo de ontem, o governador Eduardo Campos cumpre uma promessa que teria feito ao aliado no momento em que seu nome foi descartado para o Senado, mas por outro lado deflagra, consequentemente, a sua sucessão de 2014.
Promovido ao primeiro escalão de Dilma, com mídia nacional, Bezerra passa a ocupar um espaço privilegiado e cria as condições para ser visto e apontado como candidato natural a governador. O próprio governador, vale refrescar a memória, começou a sonhar com a cadeira do Palácio das Princesas no instante em que virou ministro de Ciência e Tecnologia e, mesmo sem ser cientista, teve um desempenho acima das expectativas, credenciando-se para a disputa majoritária.
Qualquer nome indicado pelo governador para despachar na Esplanada está fadado a se transformar no seu candidato a governador, mesmo que seja um técnico, como o secretário de Planejamento, Geraldo Júlio. Fernando Bezerra não é bobo. Alijado da disputa para o Senado não criou problemas para o governador, porque confiou na sua palavra de que viraria ministro. É bom lembrar que a integração é feudo do PT baiano. Com a perda, o governador Jacques Wagner, portanto, abocanhará fatia igualmente poderosa.
Do blog Valmir Andrade.

Prefeita de Monteiro é escolhida entre os melhores prefeitos brasileiros




A prefeita de Monteiro, Edna Henrique,estará recebendo no dia 6 de dezembro, no Rio de janeiro o premio IBVG 2010 – MELHORES PREFEITOS E PREFEITAS BRASILEIROS, conferido pelo Instituto Brasileiro de Verificação de Gestão.

A escolha da prefeita monteirense para receber a premiação acontece pela segunda vez consecutiva em função da gestão dinâmica, inovadora e profícua praticada em 2010, segundo informou Magno Figueiredo, presidente do IBVG. O prêmio OS MELHORES PREFEITOS E PREFEITAS DO BRASIL é concedido aos gestores após minucioso acompanhamento dos resultados alcançados nas diversas áreas da gestão pública. No caso de Monteiro a prefeita Edna Henrique destacou-se pela valorização do funcionalismo público com pagamentos rigorosamente em dia, implementação de eventos e fortes investimentos em educação, saúde e ação social.

Ao comentar a sua escolha para receber a premiação pelo segundo ano, Edna Henrique afirmou: “Esse reconhecimento nos enche de satisfação e ao mesmo tempo aumenta a nossa responsabilidade de trabalhar muito mais por esta cidade tão bela e por esse povo maravilhoso. Quero dividir essa conquista com toda minha equipe e reafirmar o meu compromisso de que, em 2011, faremos muito mais”.

A prefeita chega nesta sexta- feira de Brasília onde passou a semana resolvendo questões e encaminhando pleitos de interresse do município.
Do blog Valmir Andrade

Prefeitura de Sertânia inicia calçamento da 29ª rua em apenas dois anos






A prefeitura de Sertânia já iniciou a construção do calçamento da 29ª rua em menos de 2 anos de governo.
As obras mais recentes foram nas ruas Clidenor Pires Lacerda (Alto do céu), 13 de maio (trecho), João Ferreira (Moderna), Rua A (Pernambuquinho), Rua Projetada (Pov. Valdemar Siqueira) e mais duas vias não denominadas no Povoado de Umburanas.
Confira a lista completa das ruas contempladas:
RUA ANTÔNIO ALVES DE SIQUEIRA (ALBUQUERQUE-NÉ)
RUA JOSÉ NOBRE FORMIGA
RUA PERGENTINO BATISTA DE LIMA
RUA MAJOR MANOEL RAMOS
RUA ABSALÃO CORDEIRO
RUA JOSÉ GILDO HONÓRIO
RUA JOÃO MARTINS (1º, 2º E 3º TRECHOS)
RUA SEVERINO RODRIGUES
RUA AMÉRICO PATRIOTA
RUA ANTÔNIO CAJUEIRO
RUA JÚLIO PITOMBEIRA (CRUZEIRO DO NORDESTE)
RUA FRANCISCO ANTÔNIO (CRUZEIRO DO NORDESTE)
RUA JOSÉ HONÓRIO DANTAS
RUA MARIA PATRIOTA RAMOS
RUA AFONSO BEZERRA GOMES
RUA D COHAB (TRECHO)
RUA 5 (COHAB)
RUA DOS GUARARAPES (TRECHO)
RUA 3 (FERRO NOVO)
RUA NOVA (COHAB)
RUA ROSALINA UMBURANA (TRECHO)
RUA CARLOS CLEMENTE
RUA CLIDENOR PIRES LACERDA (ALTO DO CÉU)
RUA 13 DE MAIO (TRECHO)
RUA JOÃO FERREIRA (MODERNA)
RUA A (PERNAMBUQUINHO)
RUA PROJETADA (POV. VALDEMAR SIQUEIRA)
DUAS RUAS NO POVOADO DE UMBURANAS (NÃO DENOMINADAS)
Fonte: ASCOM
Blog Valmir Andrade.com

14 de nov. de 2010

Cidades do Pajeú ganharão Escolas de Referência


     QUIXABA E TUPARETAMA GANHARÃO ESCOLAS DE REFERÊNCIA

A Secretaria de Educação do Governo de Pernambuco vai implantar mais duas escolas de referência na região do Pajeú. Serão as escolas Solidônio Pereira e Cônego Olímpio Torrres nos municípios de Quixaba e Tuparetama, respectivamente.
Segundo a Gestora da Gerência Regional de Educação (GRE), Cecília Patriota, existia apenas 01 escola de referência no Pajeú que era na cidade de Serra Talhada e hoje já são sete funcionando e mais duas que serão implantadas, totalizando nove escolas. 

Presidente nacional do PSDB volta a sinalizar possível adesão (oficial) do partido à base de Eduardo Campos



 
“Não vou tomar nenhuma posição sobre nada sem antes falar com Eduardo”. A frase do senador Sergio Guerra, ontem, se não diz tudo, chega perto. Presidente nacional do PSDB, ele coordenou a campanha presidencial de José Serra e – passadas as eleições, que impuseram nova derrota para as oposições –, chega a hora de arrumar o ninho. No Recife desde quarta-feira à noite, após férias em Miami, o tucano não para de conversar com correligionários sobre os rumos do partido. Mas a conversa decisiva, ao que tudo indica, será com o governador Eduardo Campos (PSB), que retorna da Europa quinta-feira (18).
 
Guerra falou ao JC, ontem, por telefone. Bem humorado, brincou que ainda não tinha “nada a dizer”, porque virou “um dependente das questões nacionais”. Ou seja, se permanece ou não na presidência nacional do PSDB. “Não resolvi nada depois do que falei (ao JC, publicado na última quarta). Aécio está viajando, Serra viajando e Eduardo também”, enumerou, como se o governador um aliado (oficial) fosse. Na entrevista a que Guerra se referiu, ele colocou o PSB como “partido parceiro” e se esquivou de responder se havia espaço para manter-se ao lado do PMDB de Jarbas Vasconcelos (PMDB) e do DEM de Mendonça Filho. Ambos, aliás, também estão fora do País. Jarbas retorna amanhã de Portugal, e Mendonça, na quarta-feira (17).
 
Ontem, Sérgio Guerra contou que “ficou combinado” com o governador que os dois conversariam após as férias, mas não marcaram data. “Não estou com essa agonia. Minha relação com Eduardo não muda”, disse o senador. De fato, o tucano nunca escondeu a amizade com o governador. A relação dos dois vem dos tempos em que Guerra foi do PSB do ex-governador Miguel Arraes. Jarbas, que também fora aliado, deixou o palanque arraesista primeiro. Guerra saiu depois, mas não fechou portas.
 
O senador vai aproveitar este feriado para consultar as bases, no Estado. Na terça, ele vai a São Paulo e de lá, segue para Brasília. Ontem, Guerra esteve com o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o tucano Elias Gomes. E promete “ouvir todos” sobre os rumos do PSDB. Afinal, as bancadas federal e estadual do partido precisam demarcar posições desde já, bem como os 17 prefeitos tucanos. Político emenda uma eleição em outra e as negociações atuais miram 2012.
 
PRAZO
 
Nos bastidores, políticos dizem de Sérgio Guerra que ele tem “compromisso com o poder”. O JC ouviu governistas e oposicionistas sobre o futuro do PSDB no Estado. E é dada como certa a “revoada calculada”, com disse uma fonte, dos tucanos para a base governista. Até junho, porém, tudo deve permanecer como está. Ou seja: o PSDB no muro. Deputados tucanos sem incomodarem o governo Eduardo e os 17 prefeitos da legenda, idem. Catorze deles já apoiaram a reeleição do governador.
 
Está marcada para junho a escolha do novo presidente nacional do PSDB. Digladiam-se pelo controle do partido o grupo de José Serra (SP), candidato derrotado a presidente da República, e do senador eleito Aécio Neves (MG). Essa disputa pode favorecer a recondução de Guerra. Caso ele permaneça, adia os planos locais. Do lado eduardista, a aposta é que o anúncio da adesão à base ocorre em junho.

Conheça o ''núcleo duro'' que deve continuar com Eduardo Campos

Mais dinheiro no cofre





O orçamento previsto para Pernambuco no próximo ano é de R$ 23 bilhões, 18% maior do que o de 2010

O governo de Pernambuco prevê um gasto de R$ 23,7 bilhões na administração do estado para 2011. O valor é 18% maior do que o aprovado para este ano que é de R$ 19,1 bilhões. A estimativa é que a arrecadação total chegue a R$ 16,6 bilhões, sendo R$ 8,9 bilhões apenas com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS ), um crescimento de 13,2% em relação ao previsto para 2010 que foi de R$ 7,2 bilhões, cerca de 11% mais que em 2009.

De acordo com o governador Eduardo Campos (PSB), que assina o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) em tramitação na Assembleia Legislativa, o aumento na arrecadação do ICMS se deve ao ´desenvolvimento econômico do estado`. Na avaliação do gerente geral de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento e Gestão, Edilberto Xavier, a perspectiva positiva em relação ao ICMS não se choca com a política de incentivo fiscais do governo.

Segundo ele, os incentivos fiscais têm o objetivo de estabelecer um ´círculo virtuoso` de crescimento econômico em Pernambuco. ´Os incentivos fiscais são para a instalação de empresas que geram emprego e, assim, geram também o consumo que aumenta a arrecadação`, destacou Edilberto.

Do volume global de despesas do orçamento, 81,1% serão destinados a gastos correntes que incluem o custo de pessoal e da máquina pública. O projeto aponta que a despesa com pessoal e obrigações sociais representam 52,1% da Receita Corrente Líquida (RCL). O limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para este tipo de despesa é de 54% da RCL.

O Fundo de Participação dos Estados (FPE), segundo maior item da receita do tesouro, estimado em R$ 3,8 bilhões, foi projetado com uma previsão de crescimento da ordem de 11,6% sobre 2010, refletindo a ´expectativa, no plano federal, de desempenho da economia e, consequentemente da receita tributária`. Na escala de distribuição de recursos do tesouro, a maior previsão de gastos recae para educação, saúde e segurança.

Para o próximo ano, o governo mantém a área social como prioridade na administração, reafirmando a ´visão de futuro` que, conforme relata Eduardo Campos no texto de apresentação do Orçamento, vem norteando a ação governamental de sua gestão. Na proposta para 2011, no entanto, a mobilidade urbana também ganhará destaque. O foco da ação será a preparação da infraestrutura do estado para receber a Copa do Mundo de 2014.

Os deputados têm como prazo final para análise e aprovação do Orçamento o último dia útil do ano. Porém, a Lei precisa ser publicada no Diário Oficial do Estado até o dia 31 de dezembro para que possa entrar em vigor no primeiro dia de 2011.

Despesas por setor (R$)

Administração 1.390.741.582
Segurança Pública 1.613.110.049
Assistência Social 59.627.098
Previdência Social 46.871.009
Saúde 1.856.330.351
Trabalho 210.202.781
Educação 2.675.358.604
Cultura 54.315.681
Direitos da Cidadania 520.032.825
Urbanismo 178.356.492
Habitação 207.910.888
Saneamento 698.714.566
Gestão Ambiental 195.781.865
Ciência e Tecnologia 119.552.896
Agricultura 338.193.796
Organização Agrária 2.557.010
Indústria 36.027.260
Comércio e Serviços 191.873.096
Comunicações 2.255.309
Energia 26.215.202
Transportes 572.699.881
Desporto e Lazer 32.810.242

PT e PMDB reivindicarão novas eleições para escolha de senador no Pará






Brasília - O PT e o PMDB vão protocolar no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará pedido de novas eleições para o cargo de senador no estado. Para os partidos, mais da metade dos votos (57%) foram considerados nulos no primeiro turno, em consequência da cassação das candidaturas de Jader Barbalho (PMDB) e de Paulo Rocha (PT), motivo suficiente para convocar um novo pleito.

“O PT vai brigar para que a Justiça Eleitoral leve em consideração o sentimento expresso por dois terços dos eleitores paraenses”, disse Alexandre Padilha, à Agência Brasil, quando visitou o Pará, no dia do segundo turno das eleições presidenciais.

Padilha defende novas eleições, se for o caso. “O que vamos fazer é buscar na Justiça a forma de garantir a concretização desse sentimento do povo”, acrescentou o ministro. Posição similar à de Padilha tem a governadora do estado, Ana Júlia Carepa. "Claro que vamos reivindicar novas eleições [para representantes do Pará no Senado]. Isso é respeito à democracia", disse Ana Júlia à Agência Brasil.

Ela garante que ainda não pensou em se candidatar ao cargo, mas afirma que o PT "já tem compreensão sobre o assunto", e que tem certeza de que o partido "vai honrar" os 1,7 milhão de votos que teve para o Senado. "A gente pretende, sim, discutir o Senado, é claro. Até porque vai ter uma nova eleição", acrescentou.

Em nota, Jader Barbalho garantiu que também acionará o TRE do Pará, para que haja novas eleições, e que o PMDB "não aceitará senadores biônicos" para o estado.

Até o momento, nada foi protocolado no TRE do Pará, e a diplomação dos candidatos está prevista para o dia 17 de dezembro

PMDB relança Sarney para a presidência do Senado






O PMDB ensaia no Senado uma peça de enredo conhecido: A volta do que não foi. A legenda relançou a candidatura de José Sarney à presidência da Casa. Recém-saído de uma internação hospitalar, Sarney havia declarado que deixaria o comando do Senado em 2011. O nome dele ressurge pela voz de Renan Calheiros, líder do PMDB: "Sarney é um nome respeitado, já bastante assimilado. A sua continuidade não provoca tremores, não abre guerras de vaidades para um início de governo que tem quase 70% de apoio nas duas Casas do Congresso". Convertendo-se desejo em realidade, Sarney iria para sua quarta presidência, assegurando ao Senado o prolongamento do ciclo de inércia que pesa no bolso do contribuinte.

A “novidade” chega num instante em que o PT reivindica dividir com o PMDB o comando do Senado na próxima legislatura. O petismo deseja reproduzir no Senado um acordo esboçado na Câmara. Prevê a presidência rotativa - dois anos para o PMDB, dois para o PT. Ao devolver Sarney ao tabuleiro, ainda que apenas para esquentar o lugar, o PMDB sinaliza ao PT: no Senado, a briga é para gente grande.

Confira os nomes cogitados para ministros no Governo Dilma





De acordo com o site do governo brasileiro, existem 34 ministérios e secretarias com status ministerial no Governo Lula.

Confira abaixo os 24 ministérios e dez secretarias com status ministerial no governo Lula. As 34 pastas são alvo de muito desejo por parte de aliados e de especulações por parte da mídia especializada. Abaixo, um levantamento feito pelo portal G1 com 30 nomes que surgem como favoritos para os diversos cargos.

ALESSANDRO TEIXEIRA - Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações
Cotado para chefe de gabinete, ou para um eventual Ministério das Micro e Pequenas Empresas, que pode vir a ser criado.

ALOIZIO MERCADANTE - Senador pelo PT (mandato se encerra neste ano). Candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo.
Cotado para o Ministério do Planejamento, segundo "O Globo".

ANTONIO PALOCCI - Ex-ministro da Fazenda, um dos coordenadores da campanha de Dilma.
Cotado para a Casa Civil, Ministério das Relações Institucionais, Secretaria-Geral da Presidência, Ministério da Saúde ou para a Petrobras.

CELSO AMORIM - Atual ministro das Relações Exteriores
Cotado para o Ministério da Cultura.

CIRO GOMES - Deputado federal pelo PSB e ex-ministro da Integração Nacional
Indicado pelo irmão Cid Gomes (PSB-CE), governador eleito, para ocupar um ministério. Também pode assumir a presidência do BNDES.

EDISON LOBÃO - Ex-ministro de Minas e Energia, foi reeleito senador pelo PMDB pelo Maranhão
Cotado para voltar ao Ministério das Minas e Energia, segundo a "Folha de S.Paulo" e "O Globo".

EMIR SADER - Sociólogo
Cotado para o Ministério da Cultura, por indicação do PT de São Paulo.

FERNANDO HADDAD - Atual ministro da Educação
Cotado para permanecer no Ministério da Educação.

FERNANDO PIMENTEL - Ex-prefeito de Belo Horizonte (PT)
Cotado para o Ministério das Cidades.

GABRIEL CHALITA - Deputado federal eleito pelo PSB em São Paulo
Cotado para o Ministério da Educação.

GRAÇA FOSTER - Diretora de Gás e Energia da Petrobras
Cotada para a Casa Civil e para a presidência da Petrobras.

GILES AZEVEDO - ex-assessor de Dilma na Casa Civil
Cotado por Dilma para Chefe de Gabinete.

GUIDO MANTEGA - Atual ministro da Fazenda
Cotado para permanecer no Ministério da Fazenda.

DR. HÉLIO - Prefeito de Campinas-SP pelo PDT
Cotado para assumir o Ministério da Saúde.

HENRIQUE MEIRELLES - Presidente do Banco Central
Cotado para o Ministério dos Transportes, embora Lula queira permanência no BC. Já o PMDB deseja que ele vá para o Ministério da Fazenda ou para a embaixada do Brasil em Washington.

IDELI SALVATTI - Senadora pelo PT de Santa Catarina
Cotada para o Ministério da Cultura ou para a Secretaria de Políticas para as Mulheres.

JOSÉ EDUARDO CARDOZO - Deputado federal pelo PT-SP, foi um dos coordenadores da campanha de Dilma
Cotado para o Ministério da Justiça.

JOSÉ SÉRGIO GABRIELLI - Presidente da Petrobras
Cotado para o Ministério da Integração Nacional.

JOSÉ VIEGAS - Embaixador na Itália
Cotado para o Ministério das Relações Exteriores.

LUCIANO COUTINHO - Atual presidente do BNDES
Cotado para o Ministério da Fazenda ou para a presidência do Banco Central. Também pode permanecer no cargo.

LUIZ FERNANDO PEZÃO - Atual vice-governador do Rio de Janeiro
Indicado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) para o Ministério das Cidades.

MANUELA D'ÁVILA - Deputada federal no Rio Grande do Sul pelo PCdoB
Cotada para o Ministério dos Esportes ou para as secretarias das Mulheres, Igualdade Racial ou Juventude.

MARIA DO ROSÁRIO - Deputada federal no Rio Grande do Sul pelo PT
Indicada pelo PT gaúcho para ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social ou a Secretaria Nacional de Direitos Humanos

MARILENA CHAUÍ - Filósofa
Indicada pelo PT paulista para o Ministério da Cultura.

MARTA SUPLICY - Senadora eleita pelo PT em São Paulo
Teria interesse na vaga do Ministério da Educação. É cotada pelo PT para o Ministério das Cidades.

NELSON JOBIM - Ministro da Defesa
Cotado para permanecer no Ministério da Defesa ou para comandar o Ministério das Relações Exteriores.

NEWTON LIMA - Deputado federal eleito em São Paulo pelo PT
Cotado para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia.

PAULO BERNARDO - Atual ministro do Planejamento
Cotado para a Casa Civil.

SÉRGIO CORTES - Atual secretário de Saúde do Rio de Janeiro
Seria o indicado por Sérgio Cabral (PMDB) para o Ministério da Saúde.

WAGNER ROSSI - Ministro da Agricultura
Cotado para permanecer no Ministério da Agricultura.

Se aprovada, PEC que tira poder do vice já valeria para Temer





A proposta de emenda à Constituição (PEC) que tira do vice-presidente da República a condição de sucessor do titular do cargo passou pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado na última semana. Para o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil Marcus Vinícius Furtado Coelho, caso a PEC seja aprovada, deve entrar em vigor logo após a promulgação. Isso poderia afetar o peemedebista Michel Temer (SP), vice da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e presidente da Câmara dos Deputados. "Não há direito adquirido a tomar posse do cargo, por isso, se for aprovada sem nenhuma ressalva, terá aplicação imediata", garante.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acredita que a proposta não se amolda à realidade do País. "No Brasil não (caberia). A vice-presidência faz parte do sistema presidencial", avalia Sarney, que comandou o País ao longo de 5 anos após a morte de Tancredo Neves, de quem era vice, em 1985. Além de Sarney, o então vice Itamar Franco completou o mandato de Fernando Collor após o impeachment do titular, em 1992. Se a proposta estivesse em vigor, eles teriam ficado no cargo apenas até a eleição de um novo presidente.

"Esdrúxula"
O cientista político da UnB (Universidade de Brasília), David Fleischer, também considera o projeto fora da realidade nacional. Ele classifica a proposta de "esdrúxula". "É um projeto esdrúxulo dentro do presidencialismo. O vice substituir o presidente é um dos pilares do sistema", afirma. "Essa é uma manobra da oposição só para 'coçar' um pouco o governo. Se (a votação) for para o ano que vem, o novo Senado com maioria governista vai barrar".

Relator da PEC e presidente da CCJ, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) rebate as críticas questionando: "qual a importância do vice" para o Brasil? "Ele já não tem importância nenhuma. O que queremos é que ele assuma o cargo só até outro presidente ser eleito. Hoje o vice é sucessor, queremos que seja um substituto, não queremos que termine o mandato". No entanto, o projeto ainda precisa passar pelo plenário do Senado e pela Câmara dos Deputados antes de entrar em vigor. A PEC altera o artigo 79 da Constituição Federal que prevê a sucessão do vice na vaga, em caso de impedimento, e o artigo 81, estabelecendo o prazo de 90 dias para nova eleição em caso de vacância no cargo de Presidente da República. Atualmente, a determinação vale apenas caso ocorra vacância nos cargos de presidente e vice. Se a vacância ocorrer nos dois últimos anos do mandato, a eleição deverá ser realizada em 30 dias.

Estados Unidos
Coelho diz que o importante, no entanto, será a discussão do mérito da proposta. "O vice-presidente acaba sendo uma segurança para a Presidência da República, tanto é assim que, nos Estados Unidos, presidente e vice nunca viajam no mesmo avião exatamente para garantir a continuidade". Ao comentar a proposta, Sarney também citou os Estados Unidos, dizendo que o país mostrou a importância do vice-presidente após a renúncia de Richard Nixon e o assassinato de John Kennedy. "Uma das maiores instituições que os americanos criaram foi a vice-presidência. Ela se revelou capaz de resolver crises". A vigésima quinta emenda constitucional norte-americana, aprovada em 1967, estabelece que em caso de vacância na vice-presidência, será nomeado um novo vice-presidente, que o Congresso terá de aprovar.

Neste sentido, o professor Fleischer defende que uma alteração válida seria estabelecer a eleição indireta para vice, caso o titular deixe o cargo. "Seria o caso de seguir o exemplo americano". Ainda na comparação com os Estados Unidos, o especialista lembra que o vice norte-americano também preside o Senado, o que não ocorre por aqui. Por outro lado, quando viaja, o presidente dos EUA continua no comando, sem necessidade de ser substituído. Na Argentina - para pegar como exemplo um país vizinho do Brasil - o vice-presidente assume a titularidade em caso de doença, morte, renúncia, destituição ou ainda quando o presidente se ausenta do país. Se o vice-presidente também ficar impedido de comandar a nação, o Congresso indicará quem assumirá a função, até que um novo presidente seja eleito.

Governadores e prefeitos pressionarão Dilma por mais verba






A briga dos Estados e municípios por mais dinheiro atingirá níveis inéditos em 2011. Quatro temas na agenda legislativa que envolvem mudanças na distribuição de dinheiro público estarão em debate: distribuição dos royalties do petróleo, reforma tributária, Lei Kandir e revisão dos índices dos Fundos de Participação. Dependendo de como for conduzido, o debate pode cair no impasse de sempre. Se o governo tiver sucesso em suas ambições, Estados e municípios mais pobres terão mais recursos sem que as áreas mais desenvolvidas percam dinheiro. É certo, porém, que haverá mais pressões sobre o cofre federal, para contrariedade da presidente eleita, Dilma Rousseff, que gostaria de aumentar os investimentos.

Lei Kandir
O tema mais imediato é a articulação dos governadores por R$ 7,2 bilhões referentes à Lei Kandir. Essa lei isentou do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) as exportações de produtos básicos e semielaborados. Como a medida trazia perdas aos cofres estaduais, a União concordou em compensá-las até 2002, prazo depois estendido até 2006. Agora, mesmo sem lei, os Estados continuam pressionando por dinheiro. A tendência é que o governo federal inclua no Orçamento de 2011 os mesmos R$ 3,9 bilhões pagos este ano. "É difícil ser mais do que isso", disse o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), eleito senador e cotado para ocupar algum posto de destaque no Executivo ou no Legislativo em 2011. "Mas podemos negociar alguma alteração depois de março." Março é o mês em que o Congresso começa efetivamente a funcionar, depois de definida a ocupação dos postos-chave na Câmara e no Senado.

Na cabeça dos estrategistas do governo, a Lei Kandir é um tema menor na agenda de relacionamento com os Estados em 2011. O grande trunfo nas mãos da presidente eleita, Dilma Rousseff, é a distribuição dos royalties do petróleo, um bolo estimado em R$ 50 bilhões. A ideia é partilhar esse dinheiro com todo o País, e não só entre os Estados e municípios produtores, como é hoje. As áreas mais pobres tendem a ser mais beneficiadas, de forma a reduzir as desigualdades regionais. Com informações do Ig.

Dilma é a 16ª pessoa mais poderosa do mundo, segundo ranking da Forbes






A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), figura na 16ª posição da lista de pessoas mais poderosas do mundo, segundo divulgou a revista Forbes. Dilma aparece na frente do presidente da França, Nicolas Sarkozy, e da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
A revista destaca que Dilma está "tomando as rédeas do Brasil" como a primeira presidente mulher do país.
"Ainda não é um nome familiar, mas será em breve, com o Brasil se preparando para sediar a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016."
O ranking também cita o empresário brasileio Eike Batista, que aparece em 58º lugar.
Confira a seguir os 20 mais poderosos da Forbes:
1 - Hu Jintao, presidente da China
2 - Barack Obama, presidente dos Estados Unidos
3 - Abdullah bin Abdul Aziz al Saud, rei da Arábia Saudita
4 - Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia
5 - Papa Bento XVI
6 - Angela Merkel, chanceler da Alemanha
7 - David Cameron, primeiro-ministro da Inglaterra
8 - Ben Bernanke, presidente do banco central norte-americano
9 - Sonia Gandhi, presidente do Congresso Nacional da India
10 - Bill Gates, co-presidente da Bill & Melinda Gates Foundation

11 - Zhou Xiaochuan, presidente do banco central da China
12 - Dmitry Medvedev, presidente da Rússia
13 - Rupert Murdoch, presidente da News Corp.
14 - Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália
15 - Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu
16 - Dilma Rousseff, presidente eleita do Brasil
17 - Steve Jobs, presidente da Apple
18 - Manmohan Singh, primeiro-ministro da Índia
19 - Nicolas Sarkozy, presidente da França
20 - Hillary Clinton, secretária de Estado dos Estados Unidos.

Eduardo Campos tem o pior salário dentre os governadores do Nordeste





O governador-reeleito Eduardo Campos (PSB) recebe o pior salário entre os nove governadores do Nordeste: R$ 9,6 mil, argumento que reforça o movimento de socialistas que defendem um reajuste salarial para o chefe do Executivo. Quando assumiu, em 2007, e adotou medidas de austeridade financeira, Eduardo quis dar o exemplo, mantendo o provento sem reajuste. Esse valor foi fixado em 2002 pelo então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB). No ranking dos salários dos governadores da região, a primeira posição é ocupada pelo governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), com R$ 18,3 mil.

O segundo maior salário é R$ 17,9 mil, do chefe do Executivo de Sergipe, Marcelo Déda (PT), que se reelegeu. No ranking dos melhores salários de governador, a terceira posição é do governador reeleito de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), que recebe R$ 16,3 mil.

A governadora reeleita do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), tem o quarto melhor salário: R$ 14,4 mil. A peemedebista é seguida pelos governadores do Piauí, Wilson Martins, e do Ceará, Cid Gomes, ambos reeleitos pelo PSB e que ganham R$ 12,5 mil. Estado mais populoso do Nordeste, a Bahia paga R$ 12,4 mil ao governador reeleito Jacques Wagner (PT), que está na sexta posição. O petista poderia ter subido alguns degraus se tivesse sancionado um projeto aprovado pelo Legislativo daquele Estado, que autorizou um reajuste de seu provento para R$ 15,6 mil.

Em seguida vem o governador do Rio Grande do Norte, Iberê Paiva de Souza (PSB), que ganha R$ 11,6 mil. Todos os valores dos salários dos governadores foram repassados pelas secretarias estaduais de Comunicação, que forneceram os valores brutos, sem os descontos do imposto de renda e da previdência.

Como o provento do governador de Pernambuco está congelado há oito anos e defasado em relação aos demais gestores do Nordeste, a pressão para que Eduardo aumente o próprio salário é cada vez maior. Até porque todos os proventos dos cargos comissionados estão atrelados ao do governador. A expectativa é que o salário de Eduardo se aproxime do teto do funcionalismo público, que é de 22,4 mil, fixado em março deste ano para contemplar algumas categorias do Estado. Além de remunerar melhor os auxiliares, o governador tem o interesse de atrair quadros da iniciativa privada para o segundo governo. Porém, qualquer mudança só será discutida quando ele voltar das férias, na próxima semana, e terá que ser chancelada pela Assembleia.

Ações de Eduardo em Lagoa Grande fazem oposição sonhar com prefeitura





A expressiva vitória do governador Eduardo Campos (PSB) diante do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), nas eleições de outubro passado em praticamente todos os municípios de Pernambuco, não foi diferente em Lagoa Grande, no sertão do São Francisco. Há quem garanta, neste caso, que não foram apenas as ações do Governo do Estado as únicas responsáveis por dar ao socialista uma vitória tão consagradora nas urnas de Lagoa Grande. A avaliação administrativa da prefeita Rose Garziera (PMDB) não é lá das melhores. Aliás, é péssima. Ao ponto de a oposição fazer praticamente um governo paralelo.
Com aliados de peso como o secretário Ranilson Ramos, os adversários de Rose conseguem emplacar ações relevantes para o município, a exemplo de duas máquinas retroescavadeiras para abrir cacimbas e barreiros no intuito de garantir armazenamento de água ao homem do campo quando as chuvas chegarem. Além disso, o estado disponibilizou 12 carros-pipas do IPA para abastecer as famílias atingidas pela estiagem.
Na sede, a promessa de Eduardo é de implantar um novo sistema de abastecimento d’água, no valor de R$ 1,2 milhão. O grupo de oposição também conseguiu com que a prefeitura retomasse outras obras com recursos estaduais que haviam sido paralisadas após a posse de Rose, em fevereiro de 2009 – como o estádio de futebol, o matadouro e o abastecimento d’água das comunidades do Riacho do Recreio e Açude Saco.
Como se não bastasse, a Enoteca e a Academia das Cidades deverão ser entregues até janeiro de 2011 – ano em que também está prevista a construção do pátio da feira livre, de uma balança de pesagem de caminhões e o início do saneamento completo da cidade e dos distritos de Jutaí, Ouro Verde e Vermelhos. Diante desse quadro, não é nenhuma surpresa que a oposição já faça ‘costuras’ para a corrida municipal de 2012. Segundo fontes, já existem três nomes dados como certo com disposição para enfrentar Rose. Mas um desses, evidentemente, é que será escolhido.

Bradesco assume folha de funcionários de Pernambuco






O Bradesco venceu o leilão pela folha de pagamentos do funcionalismo público de Pernambuco. A instituição ofereceu pagar R$ 700 milhões para ter o direito de gerenciar as contas de cerca de 218 mil servidores, pelo prazo de cinco anos. Na disputa pela folha, cujo preço mínimo era de 610 milhões de reais, o banco venceu o Santander, que concorria para manter a folha. Segundo o diretor-executivo Ademir Cossielo, o pagamento do próximo salário será feito pelo Bradesco.

Lula e Dilma decidem propor mínimo de R$ 550 em 2011





O jornal Folha de São Paulo deste sábado publicou matéria segundo a qual o presidente Lula (PT) e a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) querem fixar o valor do salário mínimo no próximo ano em no máximo R$ 550. Isso daria um aumento real de 2,2%, abaixo dos 7,7% reivindicados pelas centrais sindicais.

As equipes de Lula e Dilma avaliam que esse seria o valor mais aceitável do ponto de vista fiscal, sinalizando ao mercado financeiro que haverá uma busca de controle dos gastos públicos. Antes de viajarem para a Coreia do Sul, onde participaram do encontro do G-20, os dois orientaram suas equipes para barrarem projetos no Congresso Nacional que possam comprometer a meta de superavit primário de 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) - toda economia do governo para pagamento de juros da dívida pública.

Mudança de Dilma é levada para a Granja do Torto. Veja a imagem







A presidente eleita Dilma Rousseff está de malas prontas para a sua nova residência em Brasília. Funcionários de transportadora fazem a mudança da petista, que deixa a casa alugada pela campanha no Lago Sul, área nobre da cidade, e passa a morar definitivamente na nova morada, uma das residências oficiais da presidência da República. O local é atualmente usado pelo presidente Lula como uma "casa de campo". A decisão tem como finalidade como finalidade dar mais privacidade e segurança Dilma. A foto é de Sérgio Lima/Folhapress.

Milton Coelho vai atrás de recursos em Brasília




Prefeito em exercício do Recife, Milton Coelho (PSB)

O prefeito em exercício do Recife, Milton Coelho (PSB), seguirá para Brasília na próxima terça-feira (16), onde terá duas reuniões com representantes do Governo Federal. Às 10h, o gestor se encontrará com a coordenadora-geral de Financiamentos Externos da Secretaria de Assuntos Internacionais (Seain), Cláudia Veiga, para discutir detalhes do Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais do Recife (Procidades). O projeto contempla ações estruturais para o Centro, e está avaliado em aproximadamente US$ 20 milhões, com financiamento do BID.

Às 14h30, Milton se reunirá com o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto. Os dois vão debater questões do PAC Cordeiro e PAC Beberibe. O objetivo do encontro é reiterar a necessidade de continuidade da parceria entre o Governo Federal e a Prefeitura do Recife para a área de saneamento, tanto dos contratos em andamento (PAC Beberibe e PAC Cordeiro), quanto para aqueles do PAC 2 – 2ª etapa da Bacia do Beberibe e 21 áreas pobres da bacia do Capibaribe. As reuniões serão na sede do Ministério do Planejamento e no Palácio do Planalto, respectivamente.

Orçamento municipal mais gordo para 2011





Governo municipal espera gastar R$ 2,9 bilhões. As áreas prioritárias são saúde, urbanismo e educação

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) prevê um orçamento de R$2,9 bilhões para 2011. O valor corresponde a um crescimento de 18,17% em relação à previsão orçamentária deste ano, atribuído à expectativa otimista da arrecadação. Para 2010, há uma estimativa de arrecadar R$ 1,9 bilhão, e em 2011, R$ 2 bilhões. Do total do orçamento, R$ 2,4 bilhões são recursos do tesouro municipal e R$ 469,3 milhões são oriundos de outras fontes, como órgãos e fundos instituídos pelo poder público.

De acordo com o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), os investimentos previstos na cidade são de R$ 522,1 milhões. Desse total, R$ 466,6 milhões são destinados às obras. Outros R$ 684,3 milhões representam valores convênios, transferências com destinações específicas e operações de crédito, entre os quais estão os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O valor das transferências da União e as do estado, em 2010, somam mais R$ 2 bilhões para o município.

O economistae professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Roberto Teixeira afirmou que o aumento no orçamento do Recife reflete a tendência de crescimento econômico do país, após o período de crise nos dois últimos anos. ´Na época, o governo retirou alguns tributos, como o IOF e IPI para que houvesse um incentivo na economia. A diminuição no valor dos eletrodomésticos foi outra estratégia que proporcionou um volume de compra grande e, consequentemente, aumentou muito a arrecadação`, explicou.

Outro fator destacado por Teixeira como positivo é o Produto Interno Bruto (PIB) do país que no primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, atingiu 9% em relação ao mesmo período de 2009, a maior marca dos últimos 15 anos. Para Pernambuco, a situação foi ainda mais confortável. O crescimento foi de 12,4%, no segundo trimestre de 2010, o que corresponde a 3,6 pontos percentuais acima do Brasil, graças a investimentos em infraestrutura e instalação de empreendimentos.

O bom momento do estado reflete diretamente no orçamento da prefeitura. Como investir implica em gastar, a prefeitura pretende concentrar suas maiores despesas nas seguintes áreas: urbanismo, saúde, administração e educação, todas acima de R$ 500 milhões.

A previsão otimista para 2011 contrasta com a elaboração da LOA de 2010, quando a prefeitura ainda estava sob o impacto da crise econômica mundial de 2009. Naquele ano, o prefeito João da Costa (PT) reduziu o custeio da máquina e outros gastos do governo para garantir a realização de ações na cidade. Dizia que os efeitos da crise poderiam ser sentidos na prefeitura, com a redução da arrecadação. O ´clima` econômico mudou e as perspectivas para o próximo ano são melhores. O presidente da Câmara dos Vereadores, Múcio Magalhães (PT), lembrou que os cortes chegaram até o legislativo. O orçamento da Câmara em 2009 foi de R$ 78 milhões. Neste ano, caiu para R$ 73 milhões. Já em 2011, a previsão é de R$ 82 milhões.

O projeto da LOA 2011, que estima a receita e despesa da Prefeitura do Recife para o proximo ano, está sendo analisada pelos 37 vereadores desde 29 de setembro de 2010 e tem data prevista para votação da versão final no dia 30 de novembro, onde será encaminhado para o prefeito sancionar. Das 63 emendas que recebeu 30 são do presidente da Casa, Múcio Magalhães, mas, há contribuições de outros cinco parlamentares.

Despesas para 2011

Área - Gastos (R$)

Urbanismo 597.465.000,00
Saúde 582.849.000,00
Administração 581.307.000,00
Educação 507.850.000,00
Previdência Social 215.626.000,00
Reservas 92.500.000,00
Saneamento 89.629.000,00
Legislativa 82.500.000,00
Encargos Sociais 54.200.000,00
Cultura 39.449.000,00
Assistência Social 32.561.000,00
Habitação 30.471.000,00
Ciência e Tecnologia 17.657.000,00
Comércio e Serviços 16.224.500,00
Gestão Ambiental 14.899.000,00
Direito da Cidadania 5.210.000,00
Desporto e Lazer 4.552.000,00
Comunicação 2.014.000,00
Trabalho 955.500,00

Total 2.968.469.000,00

1 de nov. de 2010

O primeiro discurso da presidenta eleita Dilma Rousseff



Veja o primeiro discurso da presidente Dilma Rousseff eleitam em 31 de outubro de 2010. Dê um clique no link abaixo e veja na íntegra toda falação da nossa presidente.

Veja o resultado final das Eleições 2010



Veja o resultado da marcha da apuração da eleição do segundo turno realizada ontem dia 31 de outubro onde o Brasil escolheu Dilma Vana Rousseff do PT para suceder Luiz Inácio Lula da Silva por quatro anos a frente dos destinos de milhões de brasileiros que a escolheram e os que não votaram, os branco e os nulos, ambos pagam impostos e são merecedores de um bom governo.
Acesse o link e veja o geral nos estados e seus municípios.

TSE reconhece Dilma a primeira presidente do Brasil


Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presidente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 19h04, o Tribunal Superior Eleitoral informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava 44,57% . Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, anunciou oficialmente a vitória da candidata do PT.

Dilma reúne coordenação política da campanha para discutir governo de transição





A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) está reunida na manhã desta segunda-feira com a coordenação política de sua campanha discutindo o governo de transição e sua agenda para os próximos dias. A expectativa é de que a equipe de transição seja anunciada na próxima quarta-feira, tendo como coordenador político o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o ex-ministro Antonio Palocci como coordenador técnico. A primeira reunião já pode ocorrer na sexta-feira. "A festa foi ontem. Agora é hora de trabalhar", disse Palocci.

Alguns assessores afirmam que a presidente eleita deve tirar uma folga a partir desta terça-feira até sábado, no Rio Grande do Sul. No fim de semana, a petista volta a Brasília para acompanhar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem à África e ao G-20. Dilma recebe os assessores em sua residência no Lago Sul, área nobre de Brasília. Além de Dutra e Palocci, estão presentes o coordenador do programa de governo e assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o assessor Giles Azevedo, cotado para ser seu chefe de gabinete. Garcia disse que Dilma começou a receber ontem telefonemas de lideres internacionais parabenizando pela vitória, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

TRANSIÇÃO
Dilma tem uma verba de R$ 2,8 milhões e poderá contratar 50 funcionários para o governo de transição, que vai da proclamação da eleição (que em geral ocorre dois dias após o pleito) até 31 de dezembro. Em agosto, o Ministério do Planejamento criou um grupo de trabalho formado por 30 servidores de vários órgãos que ficarão responsáveis por fornecer à transição as informações necessárias sobre o governo federal.

Com esses dados, será formada a "agenda dos 120 dias", com todos as medidas de curto prazo, como contratos, pagamentos a serem feitos, ações institucionais que precisam ser cumpridas. A ideia da agenda é garantir que o próximo presidente não seja surpreendido por prazos e para dar continuidade a ações em andamento. O grupo de trabalho ficará responsável por fazer um levantamento do que foi prometido pelo presidente Lula na campanha de 2006 e comparar com o que foi realizado. O governo de transição será instalada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).

Dilma é presidente ou presidenta?

Com a eleição da candidata Dilma Rousseff, o brasileiro vai ter, pela primeira vez, uma mulher ocupando a presidência da República. A partir de agora, é adequar o País à sua nova condição e ao correto uso do substantivo: presidente ou presidenta? Por isso, a Folha de Pernambuco procurou professores de Língua Portuguesa para explicar o uso mais adequado.

Segundo a professora Nei de Mendonça, do Departamento de Letras da Universidade Católica de Pernambuco, gramaticalmente, o feminino de “presidente” é “presidenta”. “Quem faz a língua é o povo. Eu acredito que vai haver uma rejeição em relação ao feminino do substantivo”, diz a professora. No caso da fra se: “Dilma é a primeira mulher presidente do Brasil”, onde o substantivo tem função morfológica de adjetivo no predicado, a regra é que a palavra fique no masculino para qualquer gênero do sujeito. Neide Mendonça explica que o Vocabulário Ortográfico da Lingua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, permite os dois usos.

Já a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Nelly Carvalho, explica que a norma canônica diz que “presidente” é um substantivo uniforme e, sendo assim, não tem variação de gênero. “Como em cliente. Ninguém fala clienta. Não existe a forma ‘presidenta’ dicionarizada”, analisa Nelly.Mas talvez a explicação mais elucidativa seja: como se trata de um cargo, não há variação de gênero. A professora da Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire) e doutoranda em Linguística pela UFPE, Ângela Torres, também defende o uso do vocábulo “presidente”.

“A norma gramatical permite certas formações de femininos, mas um estudo recente da UFPE mostra que, quando falamos de cargos, não tem que haver variação. Diante disso, é esquisito chamar ‘soldada’, ‘sargenta’. A língua permite, mas pelo perfil da sociedade, melhor optar pelo formato masculino para não haver mudança brusca. Usar ‘a presidente’ vai soar menos mal”, explica. “Estamos em um momento de transição linguística, pode acontecer que haja uma adequação ao uso de ‘presidenta’, mas não podemos garantir”, finaliza Ângela Torres. Seguindo a orientação das especialistas, a Folha de Pernambuco usará a forma no masculino.

Eduardo Campos, um apoio decisivo para Dilma





O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vive um momento especial na presidência do PSB. Ele próprio foi reeleito com o maior porcentual de votos obtidos por um candidato a cargo majoritário nestas eleições: 82,84%. O segundo mais votado também é filiado ao partido, Renato Casagrande, escolhido no Espírito Santo por 82,3% dos eleitores. No fim das contas, a legenda elegeu seis governadores e viu sua bancada no Congresso crescer: agora são três senadores e 34 deputados federais. “O PSB está construindo uma marca que inclui a participação da sociedade”, afirma Campos, que emerge da disputa eleitoral como um dos mais promissores quadros da política nacional.

Como o senhor explica o resultado da eleição 2010 para o PSB?
Tivemos um crescimento consistente e atingimos outro patamar. Elegemos seis governadores e a bancada federal cresceu em quantidade e expressão política. O partido sai maior da eleição e com mais responsabilidades.

E o fato de ter os dois governadores proporcionalmente mais votados?
Acho que o PSB está construindo uma marca que inclui a participação da sociedade, que escolhe as prioridades e tem capacidade de realizá-las. É o discurso junto à ação concreta. Fazemos inovações na gestão pública, garantindo dessa forma que o Estado fique mais próximo de quem precisa da escola pública que funciona, da saúde que funciona, de uma segurança pública melhor. Ou seja, não é só fazer obras, mas fazer funcionar o serviço público de forma que melhore a vida das pessoas. Estamos construindo essa marca nos governos do PSB Brasil afora.

O crescimento do partido não pode causar mal-estar aos demais aliados e legendas de esquerda?
Acho que não. Pode gerar um exemplo: como nós aprendemos com tantas outras forças políticas. Fomos buscar, sem preconceito, experiências em administração de aliados e de adversários. Hoje o PSB tem experiência na implantação de escola em tempo integral, capacitação de jovens e adultos em cursos técnicos com êxito. Algumas coisas o PSB foi lá e procurou. Outras desenvolvemos nas nossas administrações.

Em quais governos vocês se inspiraram?
Em governos do PT, PDT, PSDB. Fomos ver coisas que efetivamente estavam funcionando. Quando fomos fazer, em Pernambuco, o Pacto pela Vida (programa de combate à violência), efetivamente antes do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), fomos ver o que estava sendo desenvolvido no Rio de Janeiro, na gestão do PMDB; em Minas Gerais, na administração do PSDB:, em São Paulo, em prefeituras do PT. O resultado é que em três anos reduzimos o número de homicídios na capital em 40%.

Qual a marca do partido?
Compromisso com gestões democráticas, que apostam na transparência. É iniciativa do (João) Capiberibe (PSB-AP) a lei da transparência que foi sancionada pelo presidente Lula. Queremos a participação da população, a transparência na gestão, modelos que busquem metas, o fortalecimento de carreiras do serviço público pactuado com resultados.

O PSB que vai se apresentar para o próximo governo é diferente do PSB que se apresentou para o governo do presidente Lula. Como será a participação do partido no próximo governo?
Esse assunto diz respeito à presidente eleita, não diz respeito ao partido. Queremos ajudar a Dilma (Rousseff) a fazer um grande governo, para ela aprofundar as mudanças iniciadas pelo governo Lula. Ela sabe qual é a natureza da contribuição do PSB. Ela viu ao longo desses oito anos a relação republicana que o PSB sempre teve com o presidente Lula. Nós vamos manter o padrão dessa relação. Uma relação de muito respeito, pautada pelos mais elevados interesses do País, uma relação de companheirismo, lealdade, correção. Estamos aí para ajudá-la nesta missão, que não é fácil.

Pela própria natureza da relação republicana, a participação de quadros do PSB será maior do que a que o presidente Lula teve?
Acho que o PSB ampliou a sua expressão no Brasil, mas a participação que vamos ter diz respeito a ela. Que governo ela vai poder formar, como ela vai poder formar. Nós queremos contribuir com ideias, com projetos. Ela sabe que o PSB é um partido que tem quadros com experiência, mas o nosso apoio não passa pela barganha de cargos. Participamos quando chamados e procuramos apontar companheiros que se portaram com muita correção, ajudando o governo. Passadas as eleições, vai ter o processo de transição. A presidente, quando entender que é chegada a hora, vai iniciar essa conversa com naturalidade. Ela sabe que nós estaremos prontos para ajudá-la.

O PSB apresenta-se como um partido de esquerda no governo Dilma?
Em um governo de frente são naturais os pesos e contrapesos. Nós queremos ajudar com as forças que temos mais identidade. Queremos puxar o governo para o caminho de avanço, de transformação. É bom para ela e para o governo dela.

O PSB é um partido que se relaciona bem com o PSDB não paulista. O senador eleito Aécio Neves teve o apoio do PSB no governo dele.
E nós tivemos o apoio dele para governar a capital, Belo Horizonte. O apoio do PSDB e do PT para ganharmos a capital.

Em Curitiba também.
Fomos o vice do (governador eleito) Beto Richa (PSDB-PR), que deixou a prefeitura de Curitiba sob o comando de um quadro do PSB, que é Luciano Ducci.

Existe uma facilidade de diálogo com o PSDB não paulista?
Sempre fomos um partido de diálogo. Entendemos que existem as circunstâncias históricas e políticas. Muitas vezes São Paulo exporta diferenças que não são da realidade política nacional. Às vezes a gente convive com forças que estão mais distantes do ponto de vista ideológico, do ponto de vista político, do que muitos quadros do PSDB, com quem a gente militou, para construir a democracia, com quem a gente desenvolveu, durante anos, causas importantes: como a causa da anistia, a causa da eleição direta, a consolidação do SUS, a causa pela educação pública gratuita de qualidade. Nós mantemos essa relação. Precisamos deixar os traumas de uma campanha profundamente despolitizada no passado. Ganhamos as eleições para presidente da República. Nós, do PSB, ganhamos em seis estados, o PT ganhou em estados importantes, mas o PSDB, que perdeu a eleição presidencial, ganhou em estados muito importantes da Federação. Acredito que o diálogo é do interesse desses governadores eleitos. Desmontar os palanques e dialogar.

A reforma política deve estar na pauta da próxima legislatura no Congresso. Que contribuições o PSB pretende dar?
Essa é uma das reformas que o Brasil deve ao seu futuro, à sociedade. A reforma tributária ampla e a reforma política são estratégicas. O Brasil tem aí o maior período democrático de sua história republicana. Não são muitos anos. E a cada eleição temos uma regra. Seja votada de última hora no Congresso, seja uma regra que nem é votada, uma resolução da Justiça Eleitoral. Isso já cansou o Brasil. O Código Eleitoral é de 1965, da ditadura. Precisamos fazer uma reforma que fortaleça os partidos, garanta o financiamento público de campanha e que aproxime a população da política.

É um momento oportuno para novas acomodações partidárias?
Não vejo a reforma política por isso. Tem gente que vê uma janela para a fusão de partidos. Talvez isso seja o produto menos valioso da reforma política. Uma reforma política que esteja à altura do tamanho que esse País tem hoje no conceito internacional não pode ser feita para a próxima eleição. A gente precisa fazer duas reformas, a política e a tributária, para a próxima década. Fazer a implantação de maneira que tire o sujeito que vai votar. Pensar na sobrevivência política é compreensível, mas ela nem sempre conduz ao melhor voto, à melhor atitude. Às vezes gera uma atitude conservadora. Precisa de um amortecimento no tempo. Se a gente tivesse feito isso na reforma tributária, hoje não se teria essa maluquice do sistema tributário do Brasil, que não serve para quem compra, para quem paga ou para quem cobra. Serve para os advogados ou para quem sonega, que derruba, na concorrência, quem cumpre suas obrigações.

O PSB estaria aberto para nomes como de Aécio Neves?
O PSB tem as portas abertas para pessoas como Aécio. Temos uma boa relação com ele. Mas ele tem declarado que está bem no PSDB. Ele sabe que no PSB tem muitos amigos.

Que outros temas seriam interessantes na reforma política?
Calendário eleitoral único, como eleições municipais, estaduais e federais. Fim da reeleição. O PSB já se posicionou contra a reeleição e favorável ao mandato de cinco anos.

Qual sua avaliação da campanha eleitoral de 2010?
Acho que ela serve de exemplo de como não se deve fazer uma campanha, sobretudo, para as forças que perderam a eleição. Existem duas formas de se perder uma eleição: eleitoralmente e na política. A oposição perdeu na política e é a forma mais grave. Passada a eleição, não fica o legado de teses, de ideias, de projetos defendidos. A campanha derivou para temas e fatos isolados que efetivamente não guardam nem coerência com a biografia do próprio candidato da oposição.

Imprensa internacional destaca vitória de "herdeira" e "protegida" de Lula





As edições online dos principais jornais do mundo repercutem nesta noite a vitória da primeira presidente que o Brasil já teve. A vitória de Dilma Rousseff teve como foco o fato de a candidata eleita ser a "herdeira" e "protegida" de Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos primeiros a noticiar a vitória da petista, o espanhol El País, destacou em seu site que o presidente Lula "sempre deixou claro que a vitória de sua candidata era uma vitória dele próprio". A página ainda ressaltou que ela terá a tarefa de comandar o país que melhor representa o crescimento de novas potências mundiais.
Um dos mais importantes jornais do mundo, o New York Times destacou que a "ex-guerrilheira" Dilma foi vitoriosa após a promessa de "seguir com as políticas que tiraram milhões da pobreza" e tornaram o Brasil "uma das mais quentes economias do mundo". O diário americano lembrou que a presidente eleita fez parte de um governo que tirou cerca de 10% da população da extrema pobreza, "um legado grande demais para Serra superar".
O Wall Street Journal, bússola do mercado financeiro, publicou que a vitória da petista foi "selada pela ampla prosperidade econômica" e pela popularidade de seu "predecessor e mentor", Lula. Também classifica Dilma como uma "burocrata" relativamente desconhecida. O The Washington Post seguiu a linha do Wall Street Journal, considerando que o resultado das eleições demonstram a lealdade do povo ao atual presidente.
O La Repubblica afirmou que a "pupila" do presidente Lula se elegeu dentro de sondagens que "sempre deram no mínimo 10% de margem". O jornal italiano não explorou a eleição brasileira, usando inclusive uma imagem antiga de Dilma. Entre os periódicos franceses, o Le Monde não esconde sua simpatia e coloca a candidata petista como uma "sobrevivente de um câncer" e herdeira política do presidente "mais popular" da história do Brasil. O Le Figaro, mais crítico, destaca no título que a campanha foi "deletéria" (degradante), dizendo que o país está há "fogo e sangue" após a disputa.
O jornal britânico The Guardian destaca a história de Dilma como "ex-rebelde marxista" e a negativa do partido verde em apoiar a candidata do governo, o que lhe daria uma maioria "instantânea". O passado de luta armada da petista também foi lembrado pelo The Times. O argentino La Nación escreveu em sua edição online que a petista "arrasou com 55,05%" dos votos. Chamada de "eleita de Lula", a vitória de Dilma foi classificada como "a boa notícia do Brasil" por um analista político do jonal. O Clarín, por sua vez, optou por ressaltar o fato de o país ter escolhido sua primeira presidente mulher com um "contundente triunfo".
O português Diário de Notícias destaca na capa a altíssima abstenção destas eleições. "Apesar do voto ser obrigatório no Brasil, a abstenção ronda os 21%." O também português Correio da Manhã destacou que "mesmo antes do resultado oficial, Dilma já falava como presidente e disse que irá governar para todos os brasileiros".

Dilma atinge quase 76% dos votos dos pernambucanos





Em Pernambuco, com 99,7% dos votos apurados até o momento, Dilma Rouseff lidera com 3.457.127 votos, ou 75,64%. José Serra teve 1.113.156, 24,36%.
A abstenção em Pernambuco foi de 21,96%, bem abaixo de alguns municípios sertanejos como Afogados da Ingazeira (30,67%), Iguaracy (31,98%), Santa Terezinha (31,83%) e São José do Egito (28,82%).

VOTAÇÃO OFICIAL : SANTA TEREZINHA
Dilma : 4.207 (78,86%)
Serra : 1.128 (21,14%)
Abstenção : 31,83%

VOTAÇÃO OFICIAL : ITAPETIM
Dilma : 6.447 (83,09%)
Serra : 1.312 (16,91%)
Abstenção : 20,32%

VOTAÇÃO OFICIAL : CALUMBI
Dilma : 4.142 (96,51%)
Serra : 150 (3,49%)
Abstenção : 22,99%

VOTAÇÃO OFICIAL : ARCOVERDE
Dilma : 26.972 (82,53%)
Serra : 5.708 (17,47%)
Abstenção : 24,61%

VOTAÇÃO OFICIAL : TUPARETAMA
Dilma : 4.773 (89,48%)
Serra : 561 (10,62%)
Abstenção : 23,98%

VOTAÇÃO OFICIAL : TRIUNFO
Dilma : 7.339 (89,54%)
Serra : 857 (10,46%)
Abstenção : 26,31%

VOTAÇÃO OFICIAL : TABIRA
Dilma : 11.663 (86,23%)
Serra : 1.862 (13,77%)
Abstenção : 27,80%

VOTAÇÃO OFICIAL : SOLIDÃO
Dilma : 3.067 (87,96%)
Serra : 421 (12,07%)
Abstenção : 26,54%

VOTAÇÃO OFICIAL : SERTÂNIA
Dilma : 13.959 (81,61%)
Serra : 3.145 (18,39%)
Abstenção : 19,96%

VOTAÇÃO OFICIAL : SERRA TALHADA
Dilma : 35.586 (90,8%)
Serra : 3.604 (9,2%)
Abstenção : 26,32%

VOTAÇÃO OFICIAL : SÃO JOSÉ DO EGITO
Dilma : 13.224 (81,25%)
Serra : 3.052 (18,75%)
Abstenção : 28,82%

VOTAÇÃO OFICIAL : SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE
Dilma : 6.359 (92,82%)
Serra : 492 (7,18%)
Abstenção : 18,12%

VOTAÇÃO OFICIAL : QUIXABA
Dilma : 3.619 (93,54%)
Serra : 250 (6,46%)
Abstenção : 25,62%

VOTAÇÃO OFICIAL : FLORES
Dilma : 10.266 (93,06%)
Serra : 765 (6,94%)
Abstenção : 22,26%

VOTAÇÃO OFICIAL : CARNAÍBA
Dilma : 8.445 (84,21%)
Serra : 1.583 (15,79 %)
Abstenção : 24,52%

VOTAÇÃO OFICIAL : INGAZEIRA
Dilma : 2.235 (85,7%)
Serra : 373 (14,3%)
Abstenção : 21,10%

VOTAÇÃO OFICIAL : IGUARACY
Dilma : 4.877 (78,4%)
Serra : 1.344 (21,6%)
Abstenção : 31,98%

VOTAÇÃO OFICIAL : AFOGADOS DA INGAZEIRA
Dilma Roussef : 12.593 (78,4%)
José Serra : 5.195 (21,6%)
Abstenção : 30,67%