1 de nov. de 2010

Imprensa internacional destaca vitória de "herdeira" e "protegida" de Lula





As edições online dos principais jornais do mundo repercutem nesta noite a vitória da primeira presidente que o Brasil já teve. A vitória de Dilma Rousseff teve como foco o fato de a candidata eleita ser a "herdeira" e "protegida" de Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos primeiros a noticiar a vitória da petista, o espanhol El País, destacou em seu site que o presidente Lula "sempre deixou claro que a vitória de sua candidata era uma vitória dele próprio". A página ainda ressaltou que ela terá a tarefa de comandar o país que melhor representa o crescimento de novas potências mundiais.
Um dos mais importantes jornais do mundo, o New York Times destacou que a "ex-guerrilheira" Dilma foi vitoriosa após a promessa de "seguir com as políticas que tiraram milhões da pobreza" e tornaram o Brasil "uma das mais quentes economias do mundo". O diário americano lembrou que a presidente eleita fez parte de um governo que tirou cerca de 10% da população da extrema pobreza, "um legado grande demais para Serra superar".
O Wall Street Journal, bússola do mercado financeiro, publicou que a vitória da petista foi "selada pela ampla prosperidade econômica" e pela popularidade de seu "predecessor e mentor", Lula. Também classifica Dilma como uma "burocrata" relativamente desconhecida. O The Washington Post seguiu a linha do Wall Street Journal, considerando que o resultado das eleições demonstram a lealdade do povo ao atual presidente.
O La Repubblica afirmou que a "pupila" do presidente Lula se elegeu dentro de sondagens que "sempre deram no mínimo 10% de margem". O jornal italiano não explorou a eleição brasileira, usando inclusive uma imagem antiga de Dilma. Entre os periódicos franceses, o Le Monde não esconde sua simpatia e coloca a candidata petista como uma "sobrevivente de um câncer" e herdeira política do presidente "mais popular" da história do Brasil. O Le Figaro, mais crítico, destaca no título que a campanha foi "deletéria" (degradante), dizendo que o país está há "fogo e sangue" após a disputa.
O jornal britânico The Guardian destaca a história de Dilma como "ex-rebelde marxista" e a negativa do partido verde em apoiar a candidata do governo, o que lhe daria uma maioria "instantânea". O passado de luta armada da petista também foi lembrado pelo The Times. O argentino La Nación escreveu em sua edição online que a petista "arrasou com 55,05%" dos votos. Chamada de "eleita de Lula", a vitória de Dilma foi classificada como "a boa notícia do Brasil" por um analista político do jonal. O Clarín, por sua vez, optou por ressaltar o fato de o país ter escolhido sua primeira presidente mulher com um "contundente triunfo".
O português Diário de Notícias destaca na capa a altíssima abstenção destas eleições. "Apesar do voto ser obrigatório no Brasil, a abstenção ronda os 21%." O também português Correio da Manhã destacou que "mesmo antes do resultado oficial, Dilma já falava como presidente e disse que irá governar para todos os brasileiros".

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