26 de out. de 2010

Eduardo Campos: um anti-Lula e tanto




Há sempre algum exagero nas previsões catastróficas feitas a partir de campanhas eleitorais acirradas. Governos têm meios de buscar um alto grau de consenso, especialmente nos períodos de bonança econômica. E passada a eleição, prevalece no primeiro momento a tendência centrípeta. Potencializada pelo instinto de sobrevivência.
Mas é razoável também tentar compreender os elos entre o ambiente construído ao longo da campanha e as circunstâncias que acabam se impondo depois. Quando colocou Miriam Cordeiro no programa eleitoral, Fernando Collor, de algum modo, ajudou a traçar o destino que teria na Presidência. E, segundo a mesma lógica, o perfil “Lula paz e amor” capitalizou o atual presidente um tanto que lhe deu fôlego de sobra para gastar nos maus momentos dos oito anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário