A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, perdeu parte do eleitorado evangélico no mês de setembro e sua rejeição neste segmento cresceu mais de 50%. Eles representam cerca de 20% dos eleitores brasileiros.Dilma tinha quase metade dos votos entre os eleitores evangélicos (49%) e em setembro o número caiu, chegando a 42%, segundo pesquisas do Ibope. A rejeição neste grupo subiu 11 pontos percentuais, de 17% foi para 28%. Em toda a população, ela teria 50% da intenção dos votos.
Os candidatos que vêm logo atrás nas pesquisas, José Serra (PSDB) e Marina da Silva (PV), “receberam” parte dos votos que a petista perdeu. O tucano tem 28% das intenções de voto. Ele tinha 21% dos votos de evangélicos, subiu 10 pontos percentuais, indo para 31%. O crescimento aconteceu entre agosto e setembro.
Marina, que tem 12% das intenções de voto no geral, subiu 5 pontos percentuais em relação ao eleitorado evangélico - subiu de 13% para 18%.
Dilma teria perdido 1,4 ponto nas pesquisas por conta dessas mudanças. Por conta disso, ela se reuniu com líderes religiosos na última quinta-feira, como uma tentativa de reparar a questão.
O sociólogo da USP Antonio Flávio Pierucci afirmou que há forte campanha contra a petista. “Existe um discurso quase mitológico que procura demonizar Dilma. Há um medo, a meu ver infundado, de que seu governo venha a restringir os meios de comunicação, que são o oxigênio do crescimento dessas igrejas.”, disse ele, ressaltando que as questões religiosas em si não são os grandes motivos para a mobilização conta a candidatura da ex-ministra.
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