26 de out. de 2010

TSE vai investigar eleitores ‘mortos’





O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Aldir Passarinho Junior, determinou nesta sexta-feira a abertura de um procedimento administrativo para investigar as causas pelas quais os títulos de eleitor de uma série de pessoas que já morreram continuam ativos.
A medida foi motivada por reportagem publicada na quinta-feira pelo Estado de Minas, mostrando que entre os 24,6 milhões de eleitores que deixaram de votar em 3 de outubro – de acordo com a lista de abstenção do TSE – estão personalidades mortas há anos.
Entre os falecidos localizados pela reportagem estão o diplomata Sérgio Vieira de Melo, a médica Zilda Arns, o escritor Fernando Sabino, a atriz Leila Lopes, o ex-presidente do PMDB de Minas Gerais Fernando Diniz e o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Hélio Guaglia Barbosa, entre outros. Na prática, a irregularidade abre brechas para que os eleitores vivos utilizem o cadastro de mortos para votar.
Em nota divulgada à imprensa, o TSE informa que vai apurar as supostas inconsistências verificadas no cancelamento de Títulos de Eleitor. De acordo com o corregedor, “embora existam mecanismos eficazes de depuração do cadastro nacional de eleitores, pode haver falhas pontuais”.
“O procedimento administrativo foi motivado por reportagem do jornal Correio Braziliense, que citou exemplos de pessoas que morreram nos últimos sete anos, mas que continuam cadastradas na Justiça Eleitoral”, destaca a nota.

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