1 de out. de 2010

Encerrou-se nesta quinta-feira a campanha mais fácil da história de Pernambuco






Devido à morte do ex-governador Cid Sampaio, foram cancelados os eventos de rua que marcariam nesta quinta-feira o encerramento das campanhas políticas de Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos.
O governador chega a 48 da eleição como favorito absoluto, devendo bater seu adversário por uma diferença de votos nunca vista em Pernambuco de 1982 para cá.
Curiosamente, Jarbas era o adversário político que Eduardo Campos gostaria de enfrentar, segundo contou a repórteres que cobrem o Palácio do Campo das Princesas em setembro do ano passado, numa conversa em “off”.
Naquela época, o governador disse mais ou menos o seguinte: “Torço e rezo todos os dias para que o adversário seja ele (Jarbas). É o meu desejo, de minha avó (Dona Madalena), dos meus tios, de minha família de um modo geral”.
À época, é improvável que soubesse que chegaria ao final de setembro de 2010 com 58 pontos percentuais de vantagem sobre o senador peemedebista, conforme o Datafolha de hoje.
Certamente achava que bateria Jarbas devido à avaliação positiva do seu governo e o apoio decidido do presidente Lula à sua reeleição, mas não por essa diferença tão elástica.
No fundo, no fundo, queria vingar-se da “surra” que Jarbas deu em Arraes em 1998 por 1.065.512 votos de diferença.
Em termos proporcionais, Jarbas obteve naquela eleição 64,13% dos votos válidos, ante 26,37% do ex-governador e 7,46% do também ex-governador Carlos Wilson.
A confirmarem-se os resultados das pesquisas, Eduardo Campos estará impondo a Jarbas, neste domingo, uma derrota ainda maior que a que foi sofrida pelo seu avô, incluindo na conta “juros e correção monetária”.
São as surpresas do processo político, que, aliás, só tem graça porque é assim.

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