4 de out. de 2010

Oposição terá que refazer-se com vistas a 2012






Com Jarbas Vasconcelos batido nas urnas, Marco Maciel sem mandato a partir de janeiro e Sérgio Guerra na Câmara Federal mas distante dos outros dois senadores, desfez-se o triunvirato constituído em 1998, com o slogan “União por Pernambuco”, cujo projeto político era ficar 20 anos no poder. Não estava na previsão do trio que Inocêncio Oliveira, Armando Monteiro Neto e o PP iriam se rebelar contra aquela aliança para se juntar à Frente Popular e o projeto político de longo prazo naufragou.
Jarbas ainda tem pela frente mais quatro anos de mandato. Mas pelo tamanho da derrota que lhe foi imposta ontem pelo governador Eduardo Campos voltará para o Senado com a legitimidade arranhada. É certo que ele foi eleito para um mandato de oito anos. Mas quando se perde uma eleição pelo meio, e da forma humilhante como ele perdeu, reduz-se a autoridade política para falar em nome do Estado. Depois que as urnas falaram, o único e incontestável líder político de Pernambuco é o governador.
Marco Maciel nunca havia perdido uma eleição em seus 44 anos de vida pública, nem mesmo a que disputou para a Academia Brasileira de Letras, mas pelo que representa para o partido não irá ficar no meio da rua. Deve substituir Rodrigo Maia na presidência do Democratas. Quanto a Sérgio Guerra, ainda terá que esclarecer se será aliado ou adversário do governador reeleito. No entanto, uma coisa nesse jogo é certa: a oposição terá que refazer-se se quiser ter perspectiva de poder nas eleições de 2012.

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